O mês do cachorro louco nas duas Guerras Mundiais

Próximo domingo, às 17:00, pelo meu perfil público no Instagram, farei uma live para conversar um pouco sobre o mês de agosto nas duas guerras mundiais.
A escolha de 23/08 não foi aleatória. Comentarei a esse respeito na live.
Espero os amigos por lá. Curtam o perfil e nosso canal no youtube também!
Vamos ver se funciona esse negócio…

Em tempo: para acessar meu perfil público no Instagram (https://www.instagram.com/joanisvalgoncalves/), você tambem pode clicar na foto desta publicação.

Max Wolf

12 de abril também é uma data a ser lembrada pelos brasileiros. Há exatos 75 anos, nesta data, no Teatro de Operações da Itália, tombava, aos 33 anos de idade, o Sargento Max Wolf Filho.
Nascido em Rio Negro (PR), de família alemã, Wolf foi voluntário para atravessar o Atlântico e ir combater pela liberdade contra o Eixo. Poderia ter ficado no Brasil com sua família, mas tinha um dever a cumprir.

Entre os pracinhas, o Sargento era reconhecido pela camaradagem e pela bravura, e sua liderança evidenciou-se diversas vezes.
Quis o destino que fosse metralhado pelo inimigo enquanto conduzia uma arriscada patrulha. A Guerra acabaria menos de um mês depois, em 8 de maio.
Wolf deixou um legado de heroísmo e coragem e registrou seu nome na história. Seus restos mortais repousam no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, na cidade do Rio de Janeiro.
Importante que conheçamos nossos verdadeiros heróis.

Por mais terras que eu percorra
Não permita D’us que eu morra
Sem que volte para lá!

#maxwolf
#sargento
#FEB
#pracinhas
#IIGuerra

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O início da Guerra, pela ótica dos soldados alemães

Ainda por ocasião dos 80 anos do início da Segunda Guerra Mundial, publico aqui um vídeo que achei bem interessante. Trata da Campanha da Polônia, sob a ótica de soldados alemães. Não darei maiores informações acerca do vídeo (não gosto de “spoilers”), mas registro que, para o jovem soldado que cruzava a fronteira para combater pela Pátria (Vaterland), numa vitoriosa campanha de guerra relâmpago nunca antes vista, a sensação deveria ser extraordinária!

Imagine-se como parte de uma força de combate sem precedentes, atravessando a fronteira “inimiga” e “tratorando” tudo que estivesse à frente, em sucessivas vitórias! Com milhares de Panzers na vanguarda, Stukas com suas sirenes pelo ar, e uma tropa orgulhosa de que estava fazendo História, você seria parte de um dos grandes feitos militares do século! A Blitzkrieg de Guderian estava em ação!

Por favor, não me venha com comentários politicamente corretos, do tipo “Ain! Ele chama guerra de extraordinária!”. Vejo a guerra como algo inerente à natureza humana e, naquela época, ir à guerra era um ato nobre, sentimento do dever, e que envolvia a noção de masculinidade.

Recordo-me de um cartaz inglês da Grande Guerra (1914-1918), em que um garotinho está a brincar no chão da sala, enquanto seu pai senta-se em uma poltrona a ler o jornal. Então o pequeno pergunta, “Papai, onde você estava durante a guerra?”, e fica evidente o constrangimento do homem, que não estivera nos campos de batalha…

Sim! Homens fazem a guerra – e muitos gostam disso!

Talvez muito da debilidade de nossa sociedade pós-moderna se deva ao fato de termos perdido nossa capacidade de ir à guerra. Sabe aquela história de “tempos difíceis fazem homens fortes”? Pois é…

Se não gostou de minhas palavras aqui, paciência. Meus 16 leitores me entenderão…

Segredos da Guerra

Notícia de maio, mas ainda está em tempo de divulgar: quase 30 mil documentos da Segunda Guerra Mundial de posse do Governo dos EUA foram desclassificados e estão disponíveis para consulta. Isso é um prato cheio para historiadores, sobretudo para aqueles que acreditamos que ainda há muito a se pesquisar, descobrir e escrever sobre aquele conflito que acabou há 71 anos… Mãos à obra, garimpeiros!

NSA Releases Thousands of WWII-era Documents to National Archives

More than 29,000 pages of declassified material related to the World War II-era Target Intelligence Committee (TICOM) are now publicly available following a recent transfer from the National Security Agency to the National Archives and Records Administration.

Enigma Gallery

It was NSA’s final transfer of its material related to TICOM, a joint project that began in 1944 between the United States and the United Kingdom. The now-famous “Monuments Men” searched for precious works of art that had been looted by the Nazis – with the goal of returning items to their rightful owners. In contrast, TICOM teams followed Allied armies into occupied areas of Western Europe to seize material and equipment Axis powers used for code-breaking and code-making, including the German Enigma cipher. The teams also tried to determine how successful the Germans had been in breaking Allied codes. Through these efforts, the United States and the United Kingdom aimed to read more of the encrypted communications of retreating Nazi armies and better protect their own information from German eavesdropping. 

The declassified material is housed at the Archives II facility in College Park, Md. More information about how to locate records held by the National Archives is available at https://catalog.archives.gov/id/5957379.

Information about the National Security Agency is available at www.nsa.gov.

Fonte: https://www.nsa.gov/news-features/news-stories/2016/nsa-releases-thousands-of-documents-to-nara.shtml

Os setenta anos da morte da Besta

hitler-Recorte-de-jornal-com-a-notícia-da-morte-de-HitlerO dia era 30 de abril. O ano, 1945. O local, Berlim, capital de uma nação completamente arrasada. De fato, a cidade em escombros testemunhara a ascensão e queda de um regime e de um país que, em 12 anos, saíra do caos da instabilidade política, econômica e social, tornara-se a nação mais poderosa da Europa, conquistara todo um continente, afrontara as grandes potências da época, matara milhões de seres humanos, tivera seu território invadido, ocupado e destruído, com perdas irreparáveis. E tudo isso, sob motivação da voz inigualável e do discurso de ódio de um homem, ao qual milhões de alemães chamariam de Líder.

Ele era naturalizado alemão (de fato, havia adquirido aquela nacionalidade apenas algumas semanas antes de chegar ao poder). Nascido na Áustria, filho do segundo casamento de um funcionário público de quinto escalão, órfão de pai ainda cedo, muito jovem se viu sozinho, vagando pelas ruas da Viena dos Habsburgos em busca de trabalho e de sucesso. Nada conseguiu em sua terra natal… Atravessou a fronteira e foi viver em Munique, onde permaneceu um excluído artista frustrado, sobrevivendo de bicos e fazendo crescer o ódio em seu coração.

129958-004-C9B8B89DTudo mudou com a Grande Guerra (ah, sempre a Grande Guerra!!!). Ele se alistou no regimento bávaro, e foi combater no front ocidental, lutando pelo Kaiser e pela pátria. Amadureceu muito naqueles quatro anos de terrível guerra, foi ferido em combate algumas vezes, tornou-se cabo, e ganhou a Cruz de Ferro de primeira classe, maior comenda do seu Exército, raramente concedida a não-oficiais. Nos estertores do conflito, sofreu um ataque de gás e caiu enfermo. Foi no hospital que soube da notícia da capitulação alemã. E chorou.

De volta à vida civil, não conseguia emprego. Acabou se infiltrando em um pequeno partido de trabalhadores e outras pessoas insatisfeitas com o resultado da Guerra. Era uma época de disputas ideológicas acirradas, de tentativas de revolução e golpe, de combates nas ruas, de hiperinflação, desemprego e miséria, de frustração pela derrota. Sua agremiação era apenas uma dentre as tantas que a Alemanha de Weimer viu florescer sob discursos radicais de direita e de esquerda. Porém, seria ali, reunido com alguns poucos nas cervejarias da capital bávara, que ele descobriria sua verdadeira vocação: não seria pintor ou arquiteto! Seria um homem público, um político, um líder.

Sob sua orientação direta, o partido ganhou novo nome e uma bandeira. A cruz gramada seria para sempre associada àquele homem, que a inseriu em um círculo branco sob fundo vermelho. Milhões jurariam fidelidade àquele pavilhão e a seu criador, e botas marchariam de norte a sul e de leste a oeste seguindo o símbolo e as idéias de ódio e superioridade racial, em busca do sonho de se tornarem senhores do mundo.

Em 12 anos, o pequeno partido se tornou poderoso e, no dia 30 de janeiro de 1933, o cabo austríaco, líder absoluto e inquestionável do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, seria convidado pelo velho Marechal Hindemburgo, outro herói de guerra, para se tornar o chefe de um novo governo, que levaria ao estabelecimento de um regime que não encontrou precedentes na história e que lançaria seu povo no meríodo mais rico e também mais obscuro até então.

O III Reich deveria durar 1000 anos. Durou apenas 12. Mas foram doze intensos anos, de progresso, desenvolvimento, recuperação do orgulho ferido…mas também de destruição, preconceito, ódio e morte. O que aconteceu naqueles anos tem sido objeto de estudo, reflexão e incompreensão nas últimas sete décadas, dando margem a obras nas mais diversas áreas sobre inexplicáveis 12 anos.

4144912_x720Agora, em 30 de abril de 1945, tudo se tornara ruínas: as idéias, as conquistas, o país. Berlim sobre os escombros, sob o fogo constante e o barulho ensurdecedor da artilharia soviética, e com tropas inimigas conquistando suas ruas, era o símbolo de toda a destruição causada por aquele homem e seus seguidores.

Para ele, tudo estava consumado. Seu projeto de domínio do planeta encontrava-se agora sob os escombros de uma cidade arrasada, de um povo acabado, de um país exaurido. Como último ato daquela tragédia épica, consciente de que sua existência não seria mais cabível no inferno que ele mesmo criara, decidiu abandonar sua gente e tirar a vida. E assim o fez, com tiro na cabeça. Acabava ali o vagabundo que se tornara o homem mais importante de seu tempo.

Em poucos dias, a guerra na Europa também chegou a termo. Mas as marcas deixadas nos 12 anos em que estivera no poder, jamais serão removidas. Sob sua voz forte e seu olhar hipnótico, o mundo foi posto de ponta-cabeça, com o sacrifício de 100 milhões de vidas em seis anos.

Nada mais precisa ser dito sobre ele, que será sempre lembrado como a encarnação do mal. Neste 30 de abril de 2015, celebra-se (e esta é a palavra) os 70 anos de sua morte. E que nunca mais outro como ele caminhe sobre a face da terra!

adolf-hitler

Mais sobre a FEB…

PracinhasAinda em memória dos nossos valorosos Pracinhas, reproduzo aqui matéria muito interessante de Hélio Guerreiro, intitulada “Lista detalhada dos mortos da FEB na Campanha da Itália“, e publicada em 15 de julho 2012, no blog de Henrique de Moura Paula Pinto (O RESGATE FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA). A propósito, recomendo esse blog, que traz significativas contribuições à História da participação brasileira na II Guerra Mundial.

Tenho enorme respeito pelos nossos Pracinhas. Quando penso no que passaram aqueles homens na Itália, há setenta anos, além da reverência a esses heróis, vem a indignação pelo total e absoluto desconhecimento que os brasileiros têm sobre sua história. Revolta o desprezo com que esses veteranos têm sido tratados por nossas autoridades civis. Não se vê homenagem, não se vê referência nem reverência, não se vê um pronunciamento da Chefe de Estado por ocasião de datas muito simbólicas como o 21 de fevereiro ou o 8 de maio (diga-se de passagem, com tanto feriado ridículo que se tem no Brasil, irrita-me que o 8 de maio não seja uma data celebrada como o dia da lembrança). O Brasil é essa vergonha.

Para a matéria, clique aqui. Para o blog sobre a FEB, clique aqui.

Pracinhas_hoje

domingo, 15 de julho de 2012

LISTA DETALHADA DOS MORTOS DA F.E.B NA CAMPANHA DA ITÁLIA

“Deus empresta-nos o corpo para que possamos aqui no plano terrestre nossos
espíritos continuem evoluindo, já que o corpo, ou seja, o uniforme, a farda
que nosso espírito usa, morre, mas o espírito JAMAIS. Quis a sabedoria Divina
que esses heróis voltassem à Sua companhia dessa forma, morrendo nesse
conflito.”( O autor )
O exposto acima só faz reforçar as palavras do ex-combatente, Capitão da Reserva
Alfredo Bertolo Klass em entrevista a RCP TV do Paraná, quanto à afirmação de
um historiador cujo nome preferimos omitir, que diz que o corpo do sargento Max
Wollf Filho jamais teria sido encontrado, mas como ele ganhou a estigma de herói
e realmente o foi, vendeu-se a ideia dos restos mortais dele estar no Monumento
dos Pracinhas no Rio de Janeiro: Diz o capitão: “ O corpo não vale nada. Deus nos
empresta para nós vivermos, então, o corpo do Max eu não sei, mas o espírito dele
está vivo! Tenham certeza!”
A palavra “baixa”, militarmente falando, não significa apenas as mortes; ela engloba
também feridos, doentes, acidentados, extraviados, presos por indisciplina e porque
não dizer, as deserções.. Durante o período em que esteve em ação na Itália, as
mortes, por exemplo, não foram só em ação; muitos dos nossos praças e alguns
oficiais morreram vítimas de acidentes, sejam de veículos, ou durante a instrução da
tropa, inclusive alguns depois do cessar fogo na Itália já que a FEB também foi tropa
de ocupação em território italiano. Continuar lendo

Mais sobre Monte Castelo

Dois vídeos interessantes sobre Monte Castelo. O primeiro, que toma por base o relato brilhante de Joel Silveira, descreve a campanha sob a perspectiva do repórter que para lá fora enviado. Reitero que Joel Silveira é um dos grandes ícones do jornalismo brasileiro – espero, sinceramente, que seja muito estudado em nossos cursos de jornalismo e seus textos lidos.

O segundo, de Augusto Branco, é uma descrição da campanha da Itália bastante ilustrativa sobretudo para quem tem o primeiro contato com o episódio. Nele, são utilizadas imagens de época e de filmes sobre a Guerra. Está muito bem feito.

Que nossos verdadeiros heróis sejam lembrados! 

8 ou 9 de maio?

Muitos (não no Brasil) viram a comemoração do Dia da Vitória em 8 de maio… Entretanto, no dia seguinte, os jornais noticiaram a celebração da data na Rússia e ex-repúblicas soviéticas em 9 de maio… E então? Tem-se aí uma curiosidade sobre a II Guerra Mundial.

Com a morte de Hitler, a capitulação alemã era uma questão de pouquíssimo tempo. Assim foi que, no dia 7 de maio de 1945, deu-se a assinatura da rendição alemã em Reims, perante o comando aliado ocidental, no Quartel-General Supremo da Força Expedicionário Aliada. Quem a subscreveu foi o General Alfred Jodl, em nome do Comando Supremo das Forças Armadas alemãs e do novo Presidente do Reich, o Almirante Karl Dönitz, e a capitulação total deveria entrar em efeito às 23:00h (hora da Europa Central) do dia 8 de maio.

Rendicao_BerlimOs soviéticos, entretanto, que haviam tomado Berlim, na batalha final europeia, não gostaram muito de uma rendição aos aliados ocidentais. Stálin declarou, assim, sem efeito o documento de Reims, chamando-o de rendição preliminar, e exigiu que nova capitulação fosse assinada em Berlim, perante as autoridades soviéticas. Isso veio a acontecer no dia seguinte, pouco antes da meia-noite de 8 de maio, na Administração Militar Soviética na capital do III Reich. Em Moscou, já passara da primeira hora do dia 9. Assim, perante o Marcehal Zhukov, o Marechal-de-Campo Wilhelm Keitel, o Almirante Hans-Georg von Friedeburg, e o General Hans-Jürgen Stumpff, assinaram o novo instrumento que marcou o desfecho de seis anos de guerra em solo Europeu. Eis a razão pela qual o Dia da Vitória na Europa é comemorado em datas distintas.

Instrumento de Rendicao Berlim Instrumento de Rendicao Reims

Prisioneiros de Auschwitz

AuschwitzCrimes contra a humanidade são imprescritíveis, fato. Também não há quem, em sã consciência, questione as atrocidades cometidas nos campos da morte do III Reich. Porém, assusta um pouco imaginar que, sete décadas após o holocausto, ainda há homens na prisão condenados por terem sido guardas em Auschwitz… Fico me perguntando se há alguém cumprindo semelhante pena por ter sido guarda nos gulags soviéticos ou em prisões de antigos países da cortina de ferro…

Campos da Morte

50 Alleged Auschwitz Guards Face Jail in Germany

Ria Novosti – 06/04/2013

Fifty men in their 90s may face prison terms in Germany over allegations of their service as guards at Auschwitz, the biggest concentration camp in Nazi Germany, local media said.

MOSCOW, April 6 (RIA Novosti) – Fifty men in their 90s may face prison terms in Germany over allegations of their service as guards at Auschwitz, the biggest concentration camp in Nazi Germany, local media said.

The Zentrale Stelle, a federal law enforcement body investigating Nazi crimes, wants the suspects charged with accessory to murder, the newspaper Westdeutsche Allgemeine Zeitung said late Friday. Continuar lendo

70 anos da Batalha de Stalingrado…

No último 2 de fevereiro foram comemorados os 70 anos da Batalha de Stalingrado. Ocorrida no inverno de 1942/1943, aquela batalha marcou o momento da virada na Segunda Guerra Mundial, quando os soviéticos tiveram êxito em repelir o ataque alemão, cercaram e capturaram o VI Exército de Von Paulos e seguiram rumo a oeste, varrendo os exércitos agressores até cercarem Berlim, em 1945, e vencerem a Alemanha, que capitulou a 9 de maio (ou 8, para os aliados ocidentais). Trata-se de data que dificilmente será esquecida… Resolvemos lembrá-la aqui.

Estátua da Vitória - Stalingrado

Russia marks the 70th anniversary of the Battle of Stalingrad

February 6, 2013Ksenia Burmenko

On Feb. 2, nearly 1,200 guests made up of 200 delegations from dozens of Russian regions and 18 countries around the world – including Germany – turned out to celebrate the 70th anniversary of the Battle of Stalingrad. Amid parades, concerts, and national festivities, residents, veterans and President Putin himself shared their emotions about the historic battle.

Source: Mikhail Mordasov

It’s no lie when they say that Volgograd was built on bones. The mass war grave is in the heart of the city, on the Avenue of Heroes, and the Eternal Flame stands on the spot. It is a colossal burial place – the Mamaev Kurgan, under whose monument “The Motherland Calls” lay the remains of 36,000 soldiers, whose bodies were brought from all over the city when Stalingrad was liberated. Continuar lendo

O Brasil na Segunda Guerra Mundial

Muito boa a cobertura do Estadão sobre os 70 anos do ingresso do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Afinal, neste país sem memória, temos que louvar a iniciativa que recorda momentos importantes de nossa História e os verdadeiros heróis que deram a vida pelo Brasil. Para acessar o site, clique aqui. Recomendo…

O Brasil em Armas – 2.ª Guerra Mundial – 70 anosUm blindado M-8 do Esquadrão de Reconhecimento da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária entra em Montese, na Itália, no começo da ofensiva da primavera lançada pelos aliados em abril de 1945. Em poucos dias, a guerra estaria terminada para a FEBArquivo Histórico do Exército

O Brasil em Armas

Há 70 anos, o Brasil entrou em guerra pela última vez – contra a Alemanha nazista e a Itália fascista. A decisão foi tomada após o torpedeamento de cinco navios brasileiros na costa do Nordeste. Em dois dias, 551 pessoas foram mortas. Desde 1941, sucediam-se ataques de submarinos alemães. Mas daquela vez foi diferente. As agressões ocorreram na costa brasileira e a quantidade de vítimas – a maioria civis indefesos – fez eclodir a revolta popular. As manifestações que se seguiram à agressão nazista faria o governo declarar o estado de beligerância no dia 22 e o de guerra no dia 30. Continuar lendo

Ainda sobre “o mais longo dos dias”

Para aqueles que se interessam por História Militar em geral, ou II Guerra Mundial em particular, há muitos sítios que recomendo sobre o “Dia D”, começando pelo National D-Day Memorial, dos EUA, e por outro na mesma linha, do Reino Unido (clique aqui).

Recomendo também, incialmente, o site da Enciclopédia Britânica sobre o evento (para acessá-lo, clique aqui).  Há, ainda, outro com imagens do Dia D (clique aqui).

A filmografia é rica. Minha sugestão (mesmo porque acho que os verei esta noite e amanhã no feriado) é O Resgate do Soldado Ryan e O Mais Longo dos Dias, ambos já clássicos. Livro interessante é o de Stephan Ambrose, O Dia D, e um novo de Antony Beevor, Dia D, a Batalha pela Normandia (se bem que de Beevor prefiro Stalingrado – só não leia a versão em português, pois a tradução é péssima e cheia de erros – e Berlim, 1945: a Queda – a tradução deste está boa!).

Ficam as dicas… É sempre bom lembrar que há sete décadas vivíamos uma guerra total e que definiu os destinos da humanidade…

Em tempo: essa deve ser a foto mais clássica do Dia D, de Robert Capa. Sobre o grande fotógrafo, veja a matéria da Time: http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,267730,00.html.

Curiosidades sobre o “Dia D”

Seguem alguns fatos interessantes sobre o mais longo dos dias…

WEDNESDAY, JUNE 06, 2007

13 Facts Concerning the D-Day Invasion

Today is the 63rd anniversary of D-Day, so I thought it would be appropriate to remember those who took part in the amazing invasion.
1. Many disagree about the meaning for the letter D. What did it stand for? Why was it used? U.S. Army manuals dating as far back as WWI used the terms H-Hour and D-Day to indicate the time/date of an operation’s start. 
2. The military also used the code name Operation Overlord to refer to the movement of men, planes, ships, supplies, and equipment across the English Channel along a beach front that stretched over 60 miles. Continuar lendo

68 anos do “Dia D”

Enquanto as notícias nos principais jornais brasileiros são sobre o STF e o mensalão, o assassinato do executivo da Yoki, a 2ª derrota do Palmeiras no Brasileirão e a atriz Mariana Ximenes posando nua para obra (???), o restante do mundo lembra (alguns com mais fervor, outros menos) os 68 anos do “Dia D”, um dos eventos decisivos da II Guerra Mundial, que abriu a frente ocidental, fazendo como que a Alemanha tivesse que lutar no Leste e no Oeste e acelerando o colapso do III Reich.

Com o “Dia D”, naquele chuvoso 6 de junho de 1944, começava a desmoronar a Muralha do Atlântico e, com ela, a supremacia nazista na Europa… A guerra não duraria mais um ano em solo europeu…

Tudo bem que o centro de gravidade da II Guerra Mundial foi a frente oriental, onde milhões de soviéticos enfrentaram outros milhões de alemães, em um cenário de guerra total, no que se tornou uma verdadeira “máquina de moer gente”. É certo que o conflito foi vencido no Leste. Entretanto, não se pode desconsiderar os milhões de soldados aliados britânicos, canadenses, franceses, poloneses e estadunidenses, entre outros, que chegariam ao continente a partir daquele 6 de junho. Em pouco tempo, só de estadunidenses, o contingente alcançaria 3 milhões de homens…

Já que a maior parte do Brasil nem sabe que houve um Dia D, e aqueles que deveriam lembrar nossa população que já tivemos que mandar 25.000 brasileiros para a Europa combater pela liberdade ignoraram sumariamente a data, fica aqui o registro e o tributo a todos os que lutaram, morreram e venceram no “mais longo dos dias”…

1944: Dia D da ofensiva contra a Alemanha no Canal da Mancha

O dia 6 de junho de 1944 entrou para a história como o Dia D. Neste dia, os aliados ocidentais iniciaram a ofensiva contra as tropas alemãs no Canal da Mancha.

Durante anos, a decisão por uma grande ofensiva sobre o Canal da Mancha foi motivo de fortes controvérsias entre os aliados ocidentais. Inicialmente, não houve consenso quanto à proposta da União Soviética de abrir uma segunda frente de batalha na Europa Ocidental, a fim de conter as perdas russas nos violentos combates contra as Forças Armadas alemãs. Continuar lendo

8 de maio, Dia da Vitória

A data de hoje merece sempre ser lembrada: afinal, há exatos 67 anos, o mundo celebrava o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa. Os aliados haviam finalmente derrotado a Alemanha.

A Guerra continuaria, entretanto, no Pacífico, até 2 de setembro de 1945, quando, após duas bombas nucleares, seriam os japoneses a capitular. O saldo: milhões de mortes nos cinco continentes e a avassaladora destruição de cidades, estradas, plantações…

De toda maneira, o 8 de maio é celebrado em todo o mundo… quase todo, pois no Brasil ninguém lembra desse acontecimento de tamanha relevância – talvez em algumas Organizações Militares ainda se celebre… talvez, pois eu não recebi convite para nenhum evento desses aqui em Brasília (ok, meu prestígio já foi maior junto à caserna, creio…).

Fica minha lembrança e a homenagem a todos que combateram naquele período, particularmente a nossos pracinhas, que cruzaram o Atlântico para defender a democracia.

Por falar em pracinhas, para acessar o portal da FEB, clique aqui.

Paris ceremonies mark V-E Day anniversary

By Thomas Adamson – The Associated Press Posted : Tuesday May 8, 2012 11:52:35 EDT

PARIS — In his last state ceremony as France’s president, Nicolas Sarkozy led commemorations Tuesday in Paris marking the end of World War II in Europe, standing side-by-side with the man who ousted him from power. Continuar lendo

Fotos de Berlim destruída pelos bombardeios

Matéria interessante sobre a situação da capital alemã no imediato pós-guerra. Os aliados literalmente não deixaram pedra sobre pedra em Berlim. Entretanto, pior que os bombardeios foi a “Batalha de Berlim”, a última do III Reich, e a ocupação soviética (com violência, morte e estupros de mulheres, crianças e idosas). Aproveito para recomendar dois livros sobre o período: Berlim 1945: a Queda, de Antony Beever (Record, 2004), que já se tornou um clássico, e Uma mulher em Berlim: diário dos últimos dias de guerra (20/04/1945 A 22/06/1945), de uma autora anônima, que relata a situação de uma jovem alemã ao final de guerra e no início da ocupação pelo Exército Vermelho.

Recomendo o link para as fotos da Capital do Reich.

Der Spiegel Online -10JAN2012
 

Secret Aerial Photos – Book Gives Fresh Glimpse of Berlin’s Destruction

Following the end of World War II, photographer Hein Gorny took spectacular aerial shots of the ravaged German capital. His son Peter explains how Hein defied a flying ban imposed by the Allies and managed to snap the dramatic shots.

I remember holding the small photo album in my hands. My father showed it to me when I was ten, shortly after the war. He had carefully glued in contact prints where the enlarged images were to be placed later on. It was the draft layout of a book. Continuar lendo

70 anos da Conferência de Wannsee – o início da Solução Final

70 anos da Conferência de Wannsee. Naquele encontro de altos ofciais nazistas, decidiu-se pela Solução Final do “problema judaico”.  Naquele fatídico 20 de janeiro, a conclusão em Wannsee foi de que não se poderia enviar os judeus para Madagascar ou coisa parecida. O mais “razoável” seria exterminá-los.

Bom lembrar que Wannsee ocorreu em um momento em que a guerra ainda não estava definida nem a Alemanha derrotada. Muito pelo contrário, havia pouco mais de um mês que os EUA haviam entrado no conflito e a campanha contra a União Soviética ia bem, obrigado. Ou seja, a guerra não poderia ser justificativa.

Este quem me enviou foi meu amigo Alexandre Rocha. O artigo está muito bem escrito por alguém que conhece o assunto. recomendo.

Para um link com informações sobre a Conferência, clique aqui.

NY Times – January 3, 2012
 

The First Killings of the Holocaust

By TIMOTHY W. RYBACK

On the brisk winter Tuesday of Jan. 20, 1942, 15 Nazi officials assembled at a lakeside villa on the Wannsee near Berlin to deliberate on the “final solution.” This month, the world marks the 70th anniversary of the Wannsee Conference, one of the pivotal moments in Holocaust history. It provides an appropriate occasion not only for reflecting on the origins and implications of this horrific event, but also on one particular moment when it could have been prevented and, I would posit, almost was. Continuar lendo

70 anos de Pearl Harbor

A data de hoje é sempre lembrada tanto pelos estadunidenses quanto por aqueles que se interessam por História Militar ou guerras mundiais. Afinal, foi exatamente há setenta anos que os Estados Unidos da América eram atacados por aviões japoneses em Pearl Harbor (Havaí), em uma operação aérea de grandes proporções que resultou em milhares de mortos, embarcações afundadas e na entrada do gigante americano na II Guerra Mundial contra o Eixo… A data seria então para sempre lembrada como “o dia da infâmia”.

Segue uma matéria da da CBS com um link para boas fotos do ataque.

December 7, 2011 9:49 AM

Pearl Harbor attacks remembered 70 years later

PEARL HARBOR, Hawaii – The Dec. 7, 1941, bombing of Pearl Harbor and those who lost their lives that day are being remembered Wednesday on the 70th anniversary of the Japanese attack that brought the U.S. into World War II.

 About 120 survivors will join Navy Secretary Ray Mabus, military leaders and civilians to observe a moment of silence in Pearl Harbor at 7:55 a.m. Hawaii time — the moment the attack began seven decades ago. Continuar lendo