Guerra cibernética na Ucrânia

cyberattackEnquanto no Brasil se comemora o resultado do desfile das escolas de samba do grupo especial (hein?), na Ucrânia a situação está cada vez mais russa… Segue artigo muito interessante, enviado por um caríssimo amigo lá do Timor Leste, que trata de ataques cibernéticos contra aquele país.

Lembro que a guerra neste novo século pode-se dar em diferentes cenários, com as armas mais distintas. E um campo absurdamente sensível é o cibernético. Daí a importância de estarmos preparados… Daí meu pleito por investimento maciço em segurança e defesa cibernética. Os danos de um ataque no mundo virtual podem ser tão ou mais nefastos que um ataque com mísseis ou com a infantaria contra um território. Ah sim, atentem na reportagem para o comentário sutil sobre a origem do ataque.

Em tempo, sempre convém lembrar que, por ocasião da guerra entre a Rússia e a Geórgia, em agosto de 2008, antes que a primeira bota russa estivesse em solo georgiano, os sistemas deste país já haviam colapsado sob ataque cibernético. Mas, por aqui, o que importa é quem venceu o desfile do grupo especial…

Finantial Times – March 7, 2014 7:25 pm

Cyber Snake plagues Ukraine networks

By Sam Jones, Defence and Security Editor
A magnifying glass is held in front of a computer screen©Reuters

An aggressive cyber weapon called Snake has infected dozens of Ukrainian computer networks including government systems in one of the most sophisticated attacks of recent years.

Also known as Ouroboros, after the serpent of Greek mythology that swallowed its own tail, experts say it is comparable in its complexity with Stuxnet, the malware that was found to have disrupted Iran’s uranium enrichment programme in 2010.

 The cyber weapon has been deployed most aggressively since the start of last year ahead of protests that climaxed two weeks ago with the overthrow of Viktor Yanukovich’s government. Continuar lendo

Conversando sobre Defesa…

amorim-hg-20090929Entrevista de Sua Excelência o Senhor Ministro de Estado da Defesa, Celso Amorim, à Folha de São Paulo. Para um Ministro da Defesa, Amorim é um ótimo diplomata. Sem maiores comentários…

Folha de São Paulo – 21/06/2013 – 03h00

País precisa investir em defesa cibernética, diz Amorim

ELEONORA DE LUCENA
DE SÃO PAULO

A descoberta de um sistema de megaespionagem nos EUA preocupa o Brasil e é preciso investir em “defesa cibernética”. Quem faz o alerta é o ministro da Defesa Celso Amorim. Ele próprio desconfia que pode ter sido alvo de escutas telefônicas no passado.

O ministro advoga o desenvolvimento de um pensamento de defesa para a região, que priorize os recursos naturais. “O Brasil é um país muito rico, tem muitas reservas naturais. E esses recursos naturais podem ser objeto de cobiça”, afirma. Para ele, é necessário criar uma base industrial de defesa comum na América do Sul.

Nesta entrevista, concedida em São Paulo, Amorim, 71, trata da Comissão da Verdade e comenta as manifestações pelo país, que, na sua visão, refletem o distanciamento entre as estruturas de governo e a população. Continuar lendo

Cybervirus no Oriente Médio

Mais um movimento na guerra cibernética. Como disse há algumas semanas neste site, ainda é difícil lidar com essa nova dimensão do conflito no século XXI. Nesse sentido, Israel mostra-se uma grande potência e pode causar severos danos a seus adversários. Teerã que se cuide…

Powerful “Flame” cyber weapon found in Iran

Reuters.com, 28MAY2012, 6:17pm EDT – By Jim Finkle

BOSTON (Reuters) – Security experts said on Monday a highly sophisticated computer virus is infecting computers in Iran and other Middle East countries and may have been deployed at least five years ago to engage in state-sponsored cyber espionage.

Evidence suggest that the virus, dubbed Flame, may have been built on behalf of the same nation or nations that commissioned the Stuxnet worm that attacked Iran’s nuclear program in 2010, according to Kaspersky Lab, the Russian cyber security software maker that took credit for discovering the infections. Continuar lendo

A nova Estratégia de Defesa Nacional dos EUA

Para variar, a imprensa no Brasil dá notícia truncada ou pela metade. Os jornais de ontem (particularmente na imprensa televisiva) só anunciavam um corte de U$ 450 bilhões no orçamento de Defesa dos EUA para os próximos dez anos. Só que pouca atenção foi dada ao contexto dessa decisão: o Presidente Obama foi anunciar ao país, a partir do Pentágono, a nova Estratégia de Defesa Nacional dos EUA, ou, mais precisamente, as orientações estratégicas do país para os próximos anos.

O documento é produzido no contexto de uma perspectiva de Defesa dos EUA com o a retirada das tropas do Iraque a manutenção da guerra no Afeganistão. Segundo o próprio Obama, concluídas as operações em território iraquiano, os EUA devem buscar ampliar o foco para outros desafios e em busca de maiores oportunidades. Nesse sentido, atenção especial será dada para a Ásia-Pacífico (aí incluído o Oriente Médio). Os estadunidenses buscam, ainda, mais agilidade, flexibilidade e adaptabilidade.

Aconselho a leitura mais atenta do item Ambiente Global Desafiador e daquele sobre as missões primárias das FA estadunidenses… Certamente, as ameaças são diferentes das tradicionais. Daí a ênfase na defesa cibernética (preocupação permanente), no contraterrorismo e no uso de VNTS (veículos não-tripulados).

Ao ler sobre a Defesa Nacional dos EUA, fico imaginando como os dirigentes da segunda maior potência das Américas estão pensando na nossa… Posso me sentir seguro?

Para o inteiro teor das orientações de Defesa dos EUA, clique Defense_Strategic_Guidance (1).

New Pentagon strategy stresses Asia, cyber, drones

REUTERS, Thu, Jan 5 2012

By David Alexander and Phil Stewart

WASHINGTON (Reuters) – President Barack Obama unveiled a defense strategy on Thursday that would expand the U.S. military presence in Asia but shrink the overall size of the force as the Pentagon seeks to slash spending by nearly half a trillion dollars after a decade of war. Continuar lendo

Ataque israelense ao Irã: guerra cibernética?

Caros leitores,

Depois de alguns dias fora (o site estava no ar, nós é que estávamos fora, sem muitas condições para atualizá-lo), retomamos nossas atividades regulares do site.

Bem, o mundo não mudou significativamente nos últimos dias…

Talvez a questão mais delicada que permanece no cenário internacional relaciona-se a Israel e ao Irã. Estive semana passa em Halifax (Canadá) e pude ouvir diretamente da boca de Ehud Barack (ex-Premier e atual Ministro da Defesa de Israel), que o Irã deverá ser contido de alguma maneira. O problema é que nem os EUA nem as potências européias estão dispostos a bancar um novo conflito na região, enquanto China e Rússia têm relações muito estreitas com Teerã. Entretanto, dependendo da pressão, Tel Aviv pode decidir agir sozinha… quem sabe com uma operação como a que destruiu as instalações nucleares iraquianas em 1981 (Operação Babilônia). Mas qualquer incursão contra o Irã vai sobrevoar o espaço aéreo de países islâmicos… Então, na era digital, uma alternativa poderia ser um ataque cibernético… Isso mesmo! Por que não?

Israel se prepara para a ação. Mas o assunto saiu da mídia nos últimos dias, devido a notícias mais quentes como os protestos no colapsado Egito por democracia (eu disse que a coisa não ia mudar… o exército continua governando…), a pressão internacional para tirar Assad do poder de qualquer jeito (e agora, com o apoio hipócrita – se existisse hipocrisia em Política Internacional), e a crise na Zona do Euro… Assim, pouca atenção é dada para a delicada situação envolvendo os israelenses e os iranianos… E isso não é bom…

Segue artigo sobre a possibilidade de um ataque cibernético israelense contra o Irã…

Israel’s Secret Iran Attack Plan: Electronic Warfare

Israel has been building stealthy, multibillion-dollar electronic weapons that could be deployed if Israel attacks Iran’s nuclear sites, U.S. intelligence officials tell Eli Lake.

The Daily Beast – by Eli Lake  | November 16, 2011 6:28 PM EST

For much of the last decade, as Iran methodically built its nuclear program, Israel has been assembling a multibillion-dollar array of high-tech weapons that would allow it to jam, blind, and deafen Tehran’s defenses in the case of a pre-emptive aerial strike. 

A U.S. intelligence assessment this summer, described to The Daily Beast by current and former U.S. intelligence officials, concluded that any Israeli attack on hardened nuclear sites in Iran would go far beyond airstrikes from F-15 and F-16 fighter planes and likely include electronic warfare against Iran’s electric grid, Internet, cellphone network, and emergency frequencies for firemen and police officers.  Continuar lendo

Japão se preparando para ataques cibernéticos

Estou quase abrindo uma categoria deste site só para defesa cibernética ou algo assim. Afinal, trata-se de questão cada vez mais corrente como tema relevante para segurança nacional e defesa.

Como já tratado em posts anteriores, a guerra do futuro será travada também no ambiente virtual, e a segurança cibernética é prioridade de governos e empresas pelo mundo.

O Japão está se preparando, assim como os EUA, a Alemanha, a França, o Reino Unido e todas as potências do globo. E o Brasil, como lida com a questão?

Japan eyes private firms help on cyber attacks: report

Reuters, 03OCT2011 – 7:09am EDT

TOKYO (Reuters) – Japan plans to work more closely with private companies by sharing information on cyber attacks after defense contractor Mitsubishi Heavy Industries was hacked, Nikkei business daily reported Sunday. Continuar lendo

Ataques cibernéticos promovidos por Estados: conheçam a guerra do presente.

Posso parecer repetitivo, mas como o número de leitores deste site aumentou um pouco mais ultimamente (devem ter passado de 8 para 9 ou 10! Yes!), retomo o assunto da guerra cibernética.

A hipótese do “ator estatal” por trás dos ataques a redes de mais de 70 entes pelo globo (de empresas a governos, passando pela ONU e pelos EUA) é mais que simples hipótese.

Preocupa a grande quantidade de ataques e os alvos também. E fica o alerta sobre os dois tipos de alvos desses agressores: os que sabem que sofreram o ataque e os que nem desconfiam que foram vítimas!

Bom lembrar que há Estados, Potências envolvidas nisso! E não são só as de olhos puxados não!

Já disse: quem não estiver preparado vai perder muito. E essa é uma questão de segurança nacional da qual governo nenhum pode-se dar ao luxo de descuidar! Depois não digam que não avisei…

“State actor” behind slew of cyber attacks

Photo

Reuters, 03AGO2011 – 7:17pm EDT

By Jim Finkle

BOSTON (Reuters) – Security experts have discovered an unprecedented series of cyber attacks on the networks of 72 organizations globally, including the United Nations, governments and corporations, over a five-year period. Continuar lendo

EUA: contratação de mercenários para guerra cibernética

Uma nova modalidade de mercenários para uma nova forma de guerra. Sobre o assunto, aconselho o livro Cyber War, de Richard Clarke.

De toda maneira, os EUA já se mostram preocupados com o tema e seguem recrutando hackers. Passou da hora de pensarmos nisso por aqui.

Ademais, fico pensando o quanto que o Brasil não disporia desse valioso recurso. Temos que estar preparados para a guerra cibernética e nosso capital humano é excelente nesse sentido. Pronto, falei.

Government hankers for hackers

Photo
10:57am EDT

By Tabassum Zakaria

WASHINGTON (Reuters) – The National Security Agency has a challenge for hackers who think they’re hot stuff: prove it by working on the “hardest problems on Earth.”

Computer hacker skills are in great demand in the U.S. government to fight the cyber wars that pose a growing national security threat — and they are in short supply. Continuar lendo