Recebi de um amigo que é adido em um país vizinho. De acordo, com a matéria, a impressão que se tem é de que o Brasil é uma grande potência militar. Não é.
Nosso orçamento de Defesa é ridículo, pífio. Na conta que nos coloca com o 11 país em gastos militares, são consideradas as despesas com salários e pensões, que correspondem a 70% do montante. Depois das de custeio, o que sobra para investimento é praticamente nada.
A Estratégia Nacional de Defesa é muito boa como peça propagandística ou obra de reflexão acadêmica. Só que não sai do papel. E, apesar de sermos a maior força terrestre da América do Sul (poderia ser diferente?), o pessoal do EB faz milagre para cumprir sua missão com o dinheiro que recebe em cada OM. A Aeronáutica perde espaço para outros países, uma vez que nossos equipamentos estão obsoletos e a cada dia o pessoal da FAB se vê obrigado a canibalizar mais aeronaves. Logo não teremos superioridade aérea no continente. No caso da Marinha, o Comandante da Força já disse publicamente que, se nada for feito, em breve não teremos mais navios em condições de operar.
Surpreende o artigo ao dizer que os gastos do Brasil teriam por objetivo “projetar poder” na América do Sul ou para além dela! Estou rindo até agora!!! Mal temos condições de nos defender – dependendo da ameaça, o jeito é sentar e chorar! – quanto mais projetar poder! Só se for vendendo novela e ganhando prêmio de música…
Mais não vou me alongar nessa ladainha… Resumindo, falta investimento em Defesa, isso sim. Não consigo vislumbrar potência política ou econômica sem um aparato militar para lhe dar garantia. Nesse sentido, o Brasil se mostra um gigante de pés de barro…
Ainda bem que estamos na América do Sul, longe de tudo, longe de todos. Por enquanto… Continuar lendo