Páscoa e Transformação

Páscoa-judaica-O-que-é2Gosto da Páscoa! E gosto da Páscoa não pelos chocolates, apesar de ser chocólatra – chocolates também são coisa boa. O que me atrai na Páscoa é seu significado, seu simbolismo.

Para os judeus, a Páscoa (ou Pessach, que signfica “passagem”) é um evento de extrema importância, pois se comemora e relembra a libertação dos hebreus do Egito. Segundo as Sagradas Escrituras, a primeira celebração do Pessach aconteceu há cerca de 3.500, quando, como última das dez pragas do Egito, o Senhor disse a Moisés que enviaria um anjo seu que ceifaria a vida de todos os primogênitos do Egito. Seriam poupadas as famílias daqueles que sacrificassem um cordeiro e marcassem sua porta com o sangue do animal. Assim, ocorreu, os filhos dos hebreus foram poupados e o Faraó teria decidido libertar aquele povo da escravidão. O Pessach passou então a ser celebrado como recordação do ato final daquela história de opressão, contam os judeus.

pascoa judaicaDe fato, a Páscoa judaica também pode ser associada ao início da caminhada rumo a terra prometida, com todas as transformações pelas quais o povo hebreu passaria nos 40 anos de peregrinação pelo deserto. Independentemente da maneira como se vê a história, é um momento importante para os judeus de reflexão e celebração das mudanças na vida.

Para os cristãos, Páscoa também é transformação. Foi no domingo de Páscoa o Senhor Jesus ressuscitou dos mortos, mostrando que o poder da Luz e do Amor pode trazer a nova Vida. Páscoa cristã é renascimento, é a passagem para uma nova existência, liberta das dores, sofrimentos e erros do passado. É o ovo, símbolo de nascimento e vida, e ao mesmo tempo de necessidade de mudança, de rompimento da casca protetora para que seja possível uma nova existência – é, portanto, transformação.

Como cristão, tenho na Páscoa a mais importante de nossas celebrações, exatamente porque ela nos conduz a refletir sobre o que pode mudar em nossas vidas. É por isso que, neste domingo de Páscoa, gostaria de desejar a todos meus queridos 8 (oito) leitores, a todos os amigos e familiares, muita alegra e felicidade. Que a Paz de Cristo reine entre nós e que o Criador nos abençoe com Luz, Vida e Amor!

Mesmo àqueles que não são judeus, cristãos, ou que não têm qualquer religião, aproveito a data para propor um desafio: aproveitemos essa época de transformações para mudarmos um pouco nossa vida e trazer a ela mais gentileza! Sim, começo hoje aqui em Frumentarius uma campanha por mais gentileza no dia a dia. Por favor, para saber mais a respeito, dê uma olhada em um breve vídeo em nossa página do youtube (é que não consigo inserir vídeo aqui, ainda – sou analfabeto tecnológico) clicando aqui.

Boa Páscoa! E vamos buscar transformar o mundo em um lugar melhor, mudando primeiro a nós mesmos!

Cristo-Ressuscitado1

Tesouros do Faraó

Para relaxar neste finzinho de domingo, algumas curiosidades sobre o Antigo Egito… Por quê? Porque acho uma civilização fascinante! Às margens do Nilo, dinastias se sucederam por séculos, milênios de fato, com uma riqueza econômica, política, social, cultural e tecnológica ainda pouco conhecida em nossos dias… Acho que meus 9 (nove) leitores irão gostar da matéria. A fonte é o History Channel, que já foi sério… Ao menos a informação sobre o tratado (item 11) está correta, posso assegurar… Quanto às demais, aqueles desejos de confirmação que pesquisem…

History Channel  – 09.02.2014

Conheça os 11 fatos que você provavelmente não sabia sobre o Antigo Egito

Pirâmide do Egito | Notícias | The History Channel
A civilização desenvolvida no Antigo Egito foi, definitivamente, uma das mais avançadas do mundo pré-cristão. Sua cultura foi tão rica e abrangente que seu estudo representa um campo inteiro em todas as ciências. Sua arquitetura, arte e religião há séculos são objeto de fascinação e, até hoje, muito se desconhece sobre essa civilização que construiu um dos monumentos mais grandiosos e misteriosos da humanidade. Será que você está por dentro destes 11 assombrosos fatos sobre o Tesouro do Nilo listados abaixo?

1. Cleópatra não era egípcia

Exceto pelo faraó Tutancâmon, Cleópatra VII é, sem dúvida, a figura histórica mais associada ao Antigo Egito. De fato, ela nasceu em Alexandria e pertencia a uma antiga linhagem de gregos macedônios, descendentes de Ptolomeu I, um dos conselheiros mais próximos de Alexandre, O Grande. A dinastia ptolomaica governou o Egito de 323 a 30 a.C. e seus líderes, a maioria composta por gregos, influenciou imensamente o aspecto artístico e cultural da civilização egípcia. Na verdade, Cleópatra foi famosa por ser um dos primeiros membros da dinastia ptolomaica a dominar o idioma egípcio.

2. Os antigos egípcios adoravam uma jogatina

Depois de um longo dia de trabalho no Nilo, os egípcios costumavam relaxar disputando um dos diversos jogos de mesa como o “Mehen”, “Cachorros e Chacais” ou o mais popular deles, um jogo de azar conhecido como “Senet”. Esse passatempo remonta ao ano 3.500 a.C e era praticado sobre uma grande mesa pintada, com 30 armários. Cada jogador usava um conjunto de peças que avançavam sobre o tabuleiro. O jogo era tão popular que a maioria dos faraós era enterrada com ele.  Continuar lendo

Mais do muro… mais do mesmo

Postei a notícia Al Jazeera para não me chamarem de tendencioso (apesar de gostar de Israel, hehehe). De toda maneira, 250 km de cerca/muro é um feito surpreendente. “Absurdo! Fascismo! Tel Aviv não pode tomar esse tipo de atitude!”, dirão alguns… Bem, se o governo percebe isso como medida de segurança, acho que são eles melhor do que ninguém que conhecem a situação… Ademais, é fácil falar daqui… Quem leva foguete na cabeça todo dia, vive sob ameaça de atentado terrorista, e se vê diante de levantes palestinos e de armas atravessando a fronteira para grupos subversivos são os israelenses que lá vivem…

Em tempo: tenho amigos (e bons amigos) palestinos e gosto do pessoal da Cisjordânia. Sou a favor da partilha da região e da criação de dois Estados, um árabe e um judeu (como deveria ter sido em 1948, se os árabes não tivessem atacado os israelenses por todos os lados – inclusive por dentro, com o levante palestino). Não simpatizo é com uma minoria que tem dado as cartas em Gaza e se beneficiado com um discurso de ódio, enquanto o povo palestino pena…

cerca israel

ALJAZEERA

Israel completes key part of fence with Egypt

Israel says barrier stretching from Red Sea port of Eilat to Gaza Strip on the Mediterranean will stop “infiltrators”.

02 Jan 2013 19:56

Israel has completed the main segment of a razor-wire fence along its border with Egypt.

The five-metre high fence, bolstered by military surveillance equipment, is touted by Prime Minister Binyamin Netanyahu as proof of his commitment to Israel’s security as he campaigns for a national election on January 22. Continuar lendo

Resultado das eleições presidenciais no Egito

A Irmandade Muçulmana ganhou a eleição presidencial no Egito! A vitória de Mohammed Morsi deu-se, entretanto, por menos de um milhão de votos (em um país de 85 milhões de habitantes). A situação é preocupante, pois há o risco de radicalização no mais importante país árabe. Segue uma análise israelense do resultado da eleição. Deixo meus comentários para mais adiante. Parei por hoje.

Despite win, Egypt’s new president will have his hands tied

The Muslim Brotherhood has won the presidency and nearly half the seats in the Egyptian parliament, but it will still have to tread lightly with its domestic and foreign policies.

Haaretz.com By Zvi Bar’el     |      Jun.25, 2012 | 2:05 AM

The commotion was expected. As soon as Farouk Sultan, the chairman of Egypt’s election committee, began reading out loud on live television the number of votes received by Mohammed Morsi, the country’s first Islamist president ‏(more than 13 million‏), the crowd stopped him with their loud shouts − some of them happy and some angry. Continuar lendo

Acabou a “Era Mubarak” no Egito?

Podem até ter condenado o velho Muba, mas concordo com o enviado de Moscou ao continente africano: só se vai saber realmente se a “Era Mubarak” acabou depois do segundo turno das eleições presidenciais egípcias. Afinal, Ahmed Shafiq (ex-ministro de Mubarak) ainda está no páreo contra Mohammed Morsi (da Irmandade Muçulmana). E, a bem da verdade, será que o Exército deixou de mandar no país? Sei não, mas essa “primavera áreabe” (que prefiro chamar de “o Levante”) pode ter resultados muito aquém dos esperados (ao menos para o Egito)…

Margelov: Mubarak’s Epoch Not Over Until Presidential Runoff

Ria Novosti – 03:26 03/06/2012

Life imprisonment of former Egyptian president Hosni Mubarak does not mean that his epoch in the country is over, Mikhail Margelov, the Russian presidential envoy to Africa, said.

The Cairo Criminal Court sentenced Mubarak, who ruled Egypt between 1981 and 2001, to life imprisonment on Saturday as he was found guilty of deaths of protesters during an uprising in January of 2011. Continuar lendo

O Egito e a incompreensível democracia

Pouco mais de um anos após o início do Levante no Egito e a queda de Mubarak, a população vai às urnas e dois candidatos se preparam para disputar o segundo turno: Mohammed Morsi, da Irmandade Muçulmana; e Ahmed Shafiq, ex-Primeiro Ministro e autoridade do regime de Mubarak. Os resultados revelam algumas coisas:

1) O baixo comparecimento da população às urnas poderia significar que os egípcios não consideram tão importante essas eleições? Ter-se-ia aí uma evidência de que, na percepção do homem comum, pouca coisa mudou ou vai mudar, independentemente de quem vier a ocupar a cadeira presidencial?

2) A Irmandade Muçulmana, apesar da vitória nas eleições parlamentares, e diante da real possibilidade de eleger o Presidente (em que pesem os menos de 25% dos votos, praticamente a mesma porcentagem do segundo colocado), não contará com apoio incondicional da população e tampouco dos demais agentes políticos, o que pode culminar em um governo frágil dentro de um modelo democrático – e os árabes não estão acostumados com governantes fracos. A alternativa pode ser uma radicalização do regime e o crescimento do fundamentalismo.

3) A reação de parte dos egípcios à escolha de  Shafiq para o segundo turno passa bem longe de qualquer exemplo de convivência com a democracia. Porem fogo no escritório do canditato e ameaçarem afundar mais o Egito no caos em uma eventual vitória de Shafiq, são sinais claros da pouca familiaridade dos egípcios com esse negócio de democracia. Quer dizer que se Morsi não ganhar não haverá governabilidade?

Morsi e a Irmandade deveriam ser os primeiros a protestarem contra o atentado aos escritórios de Shafiq, e esse tipo de reação dos apoiadores daqueles pode conduzir à vitória deste. E a frágil democracia no Egito encontra-se à prova…

BBC.CO.UK – 29 May 2012 Last updated at 00:31 GMT

Egypt presidential candidate Ahmed Shafiq’s HQ attacked

The campaign headquarters of Egyptian presidential candidate Ahmed Shafiq has been attacked. Egyptian TV stations broadcast footage of a fire at the building, in the Dokki district of the capital Cairo. Continuar lendo

Egito: a revolução que não houve…

Como tenho dito desde que começou o Levante no mundo árabe e a “revolução” no Egito, é ingênuo esperar alguma mudança real na situação daqueles países (ao menos no que concerne as tais “motivadoras” das manifestações que desencadearam a queda de homens como Mubarak). Os regimes continuam autoritários. De fato, podem ocorrer mudanças: a coisa pode piorar e desencaminhar os países em regimes fundamentalistas, o que não é bom para ninguém…

 Egypt still awaits its real revolution

Gulf Times -: Saturday,28 January, 2012, at 11:22 PMDohaTime
By Eric S Margolis/New York

Last Monday, Egyptians celebrated the first anniversary of the revolution that overthrew the 30-year Mubarak regime. By contrast, America’s reaction this historic event was tellingly muted.  Continuar lendo

Egito: fundamentalistas à frente do Parlamento

Pois é! O Speaker do Parlamento egípcio (ou seja, o Presidente do Parlamento, chefe do Poder Legislativo) será um fundamentalista islâmico, pertencente à Irmandade Muçulmana… Qual o significado disso no mais importante dos países árabes? Será que o Egito caminhará para o mesmo destino do Irã ou para o da Turquia? E como isso afetará as relações de poder na região? E as relações com Israel? O que realmente mudou depois da queda de Mubarak? É bom ficar de olho ali também…

Islamist set to be Egypt’s new parliament speaker

Reuters, 16JAN2012 – By Tamim Elyan

CAIRO (Reuters) – Leading Egyptian political parties will back a senior figure in the Muslim Brotherhood’s Freedom and Justice Party (FJP) for the assembly’s speaker, with another Islamist group and a liberal party taking the deputy posts, an FJP official said on Monday. Continuar lendo

Agravamento da situação no Egito ameaça as relações com Israel

A situação só piora no Egito… Com a invasão da embaixada israelense, e os protestos nas ruas contra a nação judaica, difícil prever até onde se pode chegar… Se esses radicais conseguirem influência no Governo do Cairo, o cenário ficará muito ruim. Os “protestos por democracia” começam a mostrar uma face sobre a qual já tínhamos alertado.

O Egito, junto com a Jordânia, são os dois países árabes que mantêm relações com Israel (não tenho certeza o Líbano também o faz). De toda maneira, o rompimento de relações entre o Cairo e Tel Aviv só geraria desequilíbrio na região e uma crise de dimensões imprevisíveis…

Sob o Mubarak ao menos havia estabilidade no equilíbrio de poder da região…

 Folha.com – 10/09/2011 – 10h22

Premiê do Egito oferece renúncia após invasão na embaixada, diz TV

DA REUTERS, NO CAIRO (EGITO)
 

O premiê do Egito, Essam Sharaf, ofereceu sua renúncia neste sábado, após os violentos confrontos da noite anterior entre as forças de segurança e manifestantes, ao redor da Embaixada de Israel no Cairo. Continuar lendo