A carta de Cristina

Quando a gente pensa que já viu tudo (ou “todo“) da senhora presidenta da querida Nación Argentina, Cristina surpreende!

Não poderia deixar de comentar sobre essa carta, que já teve a devida resposta do Governo de Sua Majestade. Para quem não sabe sobre o que estou falando, foi uma carta aberta publicada por Kirchner nos jornais britânicos conclamando o Reino Unido a, em última análise, rever seu domínio sobre as Falklands (Malvinas, para os argentinos) e, decorridos 180 anos do início da ocupação (britânica) das ilhas, devolvê-las à Argentina… Só duas observações sobre a iniciativa da senhora dos pampas:

1) Hahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahhaahahahahahaha!

2) Espere as Falklands de volta, senhora Cristina! Mas espere sentada…

Kirchner não precisava submeter os argentinos a esse tipo de constrangimento…

Em tempo: abraço fraterno a todos os amigos argentinos! Torcendo por vocês, meus caros! Estejam seguros que dias melhores virão!

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Grã-Bretanha rejeita carta de Kirchner sobre Malvinas

BBC Brasil – Atualizado em 3 de janeiro, 2013 – 07:48 (Brasília) 09:48 GMT

O governo da Grã-Bretanha rejeitou uma carta aberta da presidente argentina, Cristina Kirchner, exigindo que Londres inicie negociações para passar a Buenos Aires o controle sobre as Ilhas Malvinas. Continuar lendo

Depois vão chorar por ela…

Não se conformando em provocar a Grã-Bretanha com a questão das Falklands, Cristina agora resolveu arranjar confusão com a Espanha… e com a União Européia a reboque. 

Por que Kirchner resolveu criar caso com a União Européia? Seria para desviar a atenção da opinião pública argentina dos problemas internos? Ou para melhorar a auto-estima de los hermanos que anda baixa? Espera contar com apoio das  nações do continente ou ao menos dos parceiros do Mercosul? Ou ainda porque o bom e velho orgulho argentino não poderia continuar maculado por mais tempo? Bom, a resposta deve ser por tudo isso e mais um pouco…

Parece que Cristina não aprendeu com os erros de Galtieri, de trinta anos passados… Se continuar com essa política, a situação pode sair ao controle… Há sempre o risco, inclusive, de respingar no Mercosul (Merco… o quê?)… E daí para o melodrama se tornar uma coisa mais séria… Não digam que não avisei!

La UE carga contra Argentina por YPF y abre la puerta a represalias

España pretende que la Comisión no descarte las subidas arancelarias

 El País  Bruselas 18 ABR 2012 – 20:48 CET1909

La ofensiva europea contra Argentina toma cuerpo. La Comisión Europea (el brazo ejecutivo de la Unión) cargó este miércoles con dureza contra laexpropiación de la petrolera YPF a Repsol. La batalla en los tribunales se adivina larga: muy larga, repleta de recovecos jurídicos. Consciente de que la política es capaz de derrumbar puertas cerradas bajo siete llaves, el Gobierno presiona para que los socios europeos arropen las aspiraciones españolas por la vía diplomática, con las consabidas protestas y la suspensión de misiones europeas a Buenos Aires. Y tal vez con algo más rotundo: el objetivo es que Bruselas no descarte ir más allá de las palabras y amenace con represalias. Continuar lendo

Menos, Cristina, menos…

Por ocasião dos trinta anos da Guerra das Malvinas, e como se não tivesse muito mais com o que se preocupar, Cristina Kirchner fez declarações fortes contra o Reino Unido.

Constatações:

1) Os britânicos estão nas Malvinas (Falklands) desde 1833 (portanto, há 179 anos).

2) A ilha é deles, sejamos realistas. As pretensões argentinas, ainda que tivessem alguma procedência, teriam ido por terra (ou por mar…) com a derrota na guerra de 1982. É assim que acontece…

3) O governo de Sua Majestade mandou um navio de guerra para lá agora (é o mínimo que deveria ser feito diante dos arroubos de Buenos Aires). Exagero falar em “militarização do Atlântico Sul”… 

4) Apesar dos cortes orçamentários na Defesa do Reino Unido, ainda assim um conflito contra a Argentina hoje seria arrasador para nuestros hermanos (mesmo porque ali eles acabaram com suas Forças Armadas).

Parece que a Casa Rosada está tentando desenterrar o passado, agora em Política Externa. Os argentinos teriam proposto, inclusive, estabelecer um bloqueio contra as Malvinas e impedir o único vôo do continente para as ilhas (um da LAN Chile, que, se não me engano, sai de Punta Arenas…). Isso não vai acabar bem…

Argentina denunciará na ONU “militarização” das Malvinas

Reuters – quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012 10:10 BRST

BUENOS AIRES, 8 Fev (Reuters) – A Argentina denunciará perante a ONU o que considera ser uma militarização do sul do Atlântico por parte da Grã-Bretanha, afirmou na terça-feira a presidente Cristina Fernández de Kirchner, em meio a uma escalada diplomática entre os dois países.

O anúncio foi feito pela presidente diante de veteranos da guerra em que a Argentina e a Grã-Bretanha se enfrentaram em 1982 pela posse das Ilhas Malvinas e vem depois da decisão do governo britânico de enviar um de seus barcos de guerra mais avançados, o destroier HMS Dauntless, para o sul do Atlântico.

As tensões por causa das disputadas ilhas aumentaram nas últimas semanas, com a aproximação do aniversário de 30 anos da guerra de 1982 e empresas britânicas buscando petróleo nas águas ao redor do arquipélago.

“Estão militarizando o Atlântico Sul mais uma vez”, disse Cristina, em um ato ao qual comparecem políticos de todos os partidos, empresários e sindicalistas.

“Eu instruí nosso chanceler (ministro de Relações Exteriores) para que apresente formalmente ao Conselho de Segurança da ONU e também à Assembleia Geral a militarização do Atlântico Sul, que implica um grave risco para a segurança internacional”, afirmou a presidente.

O governo britânico, que recusa a reclamação argentina de soberania sobre as ilhas, afirmou recentemente que a decisão de enviar o destroier HMS Dauntless para a região, para substituir outro navio, era uma medida que estava planejada desde antes e “totalmente de rotina”.

O príncipe William, segundo na linha de sucessão do trono britânico, está no arquipélago, situado a uns 500 quilômetros da costa argentina, realizando uma atividade temporária como piloto de busca e resgate.

(Por Guido Nejamkis e Magdalena Morales)

http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRSPE81702020120208