O papel das Forças Armadas em tempo de paz

Alguns amigos têm-me perguntado sobre um programa de TV exibido esta semana pela NBR e do qual participei falando de Forças Armadas em tempos de paz. Pois bem! Segue o vídeo do programa Panorama Ipea, que contou também com a participação de meu amigo Edison Benedito da Silva Filho. Trata-se de iniciativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em conjunto com a NBR.

Discutir sobre a política de defesa do país é indispensável frente a um cenário internacional cada vez mais complexo, incerto e turbulento. No campo doméstico, os militares sempre estiverem presentes em momentos decisivos de nossa história. Fica o convite para quem quiser conhecer um pouco mais a respeito.

Exército de Brancaleone ou ameaça à democracia?

BLOG MST O EXERCITOTêm sido constantes as declarações de João Pedro Stédile, capo do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), de que pretende colocar seu pessoal na rua e recorrer à violência para impedir as manifestações contra o (des)governo que se perde no lamaçal de corrupção e incompetência e na crise política e econômica. Fala-se no “Exército de Stédile” e nos riscos de uma guerra civil envolvendo o MST e outros grupos de esquerda e até na intervenção de nações vizinhas para socorrer o governo Rousseff contra a tentativa de golpe. Não acredito nessa força toda do MST. Não acredito nesse “Exército de Stédile”.

É certo que o MST não tem escrúpulos de recorrer à violência e a ações de guerrilha para defender seus interesses. Vivem isso, que é parte de sua doutrina anacrônica e de ódio, forjada no que existe de mais nefasto. Também é certo podem causar muita violência em ações pontuais e que não pensariam duas vezes em gritar, espernear e partir para a agressão física e para a depredação do patrimônio, para tentar inibir a onda crescente de protestos dos que estão indignados com o governo e querem um país mais democrático, justo e perfeito.

mst-facaoTambém é certo que, entre os líderes do MST, há a expectativa real de confrontação (preferencialmente com autoridades públicas), de onde podem surgir “mártires” para sua causa. Sim, porque, de acordo com a cartilha que seguem, muito interessante é que alguém seja “sacrificado” para que se crie o fato político e as forças de segurança do Estado sejam taxadas de violentas, opressoras e antipopulares. Disso tudo o “Exército de Stédile” é capaz.

Entretanto, ao contrário das SA (Sturmabteilung) da Alemanha nazista, há muita bravata no discurso do MST e em suas ações. Acredito que não sejam páreos para a Força Pública. A primeira bomba de efeito moral causará a dispersão da grande maioria. Nossas polícias devem estar atentas, porém, que sempre há aqueles dispostos a lutar, mesmo porque nada têm a perder. Esses são os perigosos.

E, se a Força Pública não conseguir conter o MST e seus aliados em sua onda de violência, ou, pior, no caso de uma inimaginável invasão do território brasileiro por tropas estrangeiras (não acredito nisso), haverá sempre as Forças Armadas. Sim, porque a defesa da Pátria e de nossa democracia também é atribuição das Forças Armadas. Espero, sinceramente, que não cheguemos a este ponto. Se chegarmos, porém, confio nos homens e mulheres de farda e que defendem a bandeira verde-amarela. Não acredito no Exército de Stédile para “defender a democracia”; confio no “Exército de Caxias”. Brasil acima de tudo!

Exército-brasileiro

Mais notícias sobre aumento do orçamento de Defesa… na Rússia, claro!

Pois é! Os russos anunciaram aumento nos investimentos em Defesa! Pelo visto, estão querendo recuperar a capacidade perdida. Putin não descuida da capacidade defensiva do país… Há algumas semanas, demitiu o Ministro da Defesa e parte da cúpula militar suspeita de envolvimento com corrupção (essa ao menos é a versão oficial, hehehe). Agora manda dizer que vai por mais dinheiro para a Defesa… Já disse que sou fã incondicional de Vladimir Putin?!? Gosto de Putin… Putin é KGB…

Enquanto isso, em Pindorama, orçamento de Defesa comprometido em 80% com despesas de pessoal e pensões… Muito discurso sobre reaparelhamento, mas ações efetivas ainda estou por ver… Para piorar as coisas, querem usar as Forças Armadas para cuidar de segurança pública (alocando verba para isso). A Presidenta fica feliz, os militares ficam felizes (ao menos aqueles que acham que com isso vão conseguir mais dinheiro do orçamento)… E nossas Forças Armadas começam a ter seu papel e missão constitucional desvirtuados…

Reitero que sou terminantemente contrário a militares federais envolvidos com segurança pública! Segurança pública é atribuição de polícia! Forças Armadas cuidam de Defesa. Faltam investimentos sérios em Defesa…

Como diria o poeta, “ado, ado, ado, cada um em seu quadrado”…

A Russian Topol-M ICBM drives across Red

Russia to Triple State Defense Order by 2015

MOSCOW, December 27 (RIA Novosti) – Russia will gradually increase the annual amount of the state defense order to 2.8 trillion rubles (about $92 billion) by 2015, Deputy Prime Minister Dmitry Rogozin said on Thursday.

“The state defense order will reach about 1.9 trillion rubles next year, about 2.2 trillion in 2014 and 2.8 trillion in 2015,” Rogozin said in an interview with Rossiya 24 television. Continuar lendo

Resposta ao Terrorismo

Mais um excelente artigo do meu amigo Marcus Reis. Preocupa-me muito quando vejo autoridades públicas confundindo terroristas internacionais com criminosos comuns, ou mesmo com bandidos vinculados ao crime organizado. Não são. Também me preocupa escutar de agentes públicos que eu não tenho com o que me preocupar, ainda que sejamos sede de grandes eventos nos próximos anos…

Resposta ao Terrorismo: Contraterrorismo

Por mvreis

Ações de contraterror passarão por grupos táticos e especiais das forças policiais e militares do Estado. O aparato para gestão de crise, como organização e estabelecimento de mandados, negociadores, equipes táticas, equipes de explosivos, unidades de psicologia e idiomas, preparação dos gestores são essenciais nesta fase. Competem ao COT da Polícia Federal, aos BOPEs das Polícias Militares, aos Departamentos de Operações Especiais das Polícias Civis, aos Serviços de Operações Especiais das Polícias Legislativas Federais e às Forças Especiais do Exército, Marinha e Aeronáutica. Continuar lendo

Brasil deveria aumentar seu poderio militar… Hein?

Pois é, até os norte-americanos já estão dizendo isso… Está passando da hora de investirmos em Defesa… Só as autoridades brasileiras é que parecem que não perceberam isso. “Ah, sim!”, você dirá, “mas aprovamos a Medida Provisória n. 544, de 2011, que dá incentivos à indústria de Defesa!” A iniciativa ocorreu na mesma semana em que os EUA cancelaram a compra dos nossos Supertucanos (em resposta, fez-se o que por qui mesmo?) e que o pessoal  da esquerda revanchista (acho que isso deve ser redundância) resolveu pegar no pé das nossas Forças Armadas para tentar encontrar esqueletos de mais de quarenta anos de idade!

A entrevista a seguir leva à reflexão sobre a necessidade de  haver realmente vontade política de fazer deste país uma potência militar! Sinceramente, ainda não vejo isso no Governo brasileiro.

Se o Brasil quer ocupar um papel de destaque no plano internacional, tem que se consolidar como potência militar. Os benefícios – inclusive econômicos e políticos – serão muitos! Ou isso, ou continuaremos como único BRIC que é anão (ou verticalmente prejudicado para ser politicamente correto) militar e retardado tecnológico!

Acorda, Brasil!

04/03/2012 – 02h30

Brasil deve aumentar seu poderio militar, diz americano

CLAUDIA ANTUNES
DO RIO

O Brasil deve aumentar seu poderio militar porque só soft power (poder brando) não basta, e uma maior capacidade brasileira em defesa abre a possibilidade de cooperação com os EUA. É o que sugere Richard Haass, que fez carreira na diplomacia americana, ocupando postos importantes em governos republicanos, e desde 2003 preside o Council on Foreign Relations, centro de estudos influente na política externa do seu país. Continuar lendo

Relatório do IPEA referente à percepção do brasileiro sobre Defesa – Parte 2

Este quem me enviou foi meu amigo Felipe Magalhães. É a segunda parte do já citado neste site Relatório do IPEA sobre a percepção do brasileiro da Defesa Nacional. Ainda não comentei a primeira parte, mas creio oportuno divulgar logo a segunda.

Atenção especial aos números referentes à “percepção acerca do trabalho das FAs” e sobre a “confiança nas FAs”. Gostei também da visão sobre a participação em Forças de Paz. Surpreendeu-me a contradição referente aos investimentos em Defesa e ao orçamento. Vale a pena conferir!

Para acessar, clique IPEA_Relatorio_Parte 2.