Tributo a um Guerreiro de Selva

Minha semana começou com uma triste notícia, daquelas que ninguém gostaria de receber… Logo cedo, por uma rede social, fui informado da transição, como dizem os rosacruzes, ou viagem ao Oriente Eterno, na terminologia dos maçons, de um querido amigo…

Gilmar nasceu em Rondônia, de família humilde. Seu esforço e sua obstinação o levaram a ingressar nas fileiras do Exército Brasileiro, onde chegaria a coronel, tendo feito vários cursos, dentre os quais o de Guerra na Selva, um dos mais complexos da carreira. Seus laços com a Amazônia fizeram dele um verdadeiro Guerreiro de Selva, e Gilmar tornou-se instrutor de um de nossos principais centros de excelência, o Centro de Instrução de Guerra na Selva.

As qualidades profissionais só seriam superadas pela nobreza do Gilmar como ser humano. Um sujeito amigo, afetuoso, sempre sorridente, um irmão para muitos (dentro e fora da Força Terrestre).

Nesse domingo, enquanto passeava de moto, com amigos e a esposa, Gilmar sofreu um acidente – ainda sei pouco sobre como aconteceu. E nos deixou. Foi embora muito cedo, em minha opinião e na de muitos que o conheciam. Foi embora na hora que deveria ir, segundo os desígnios do Criador.

O fato é que Gilmar deixa um vazio entre aqueles que tiveram a oportunidade de conviver com ele. Nem todas as boas memórias daquele amigo conseguirão preencher esse vazio.

Neste momento de luto, peço ao Grande Arquiteto do Universo que conforte Jacelma, sua esposa, e os amigos que sofrem com essa perda, em especial o querido General Eduardo Villas Bôas, com quem Gilmar serviu nestes últimos sete anos.

Meu amigo, que você possa combater o bom combate em outros planos. E tenha a certeza de que aqui sua missão foi cumprida, e com louvor. Nessa floresta da vida, você foi um grande guerreiro e ombreou com outros grandes. Selva!

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O papel das Forças Armadas em tempo de paz

Alguns amigos têm-me perguntado sobre um programa de TV exibido esta semana pela NBR e do qual participei falando de Forças Armadas em tempos de paz. Pois bem! Segue o vídeo do programa Panorama Ipea, que contou também com a participação de meu amigo Edison Benedito da Silva Filho. Trata-se de iniciativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em conjunto com a NBR.

Discutir sobre a política de defesa do país é indispensável frente a um cenário internacional cada vez mais complexo, incerto e turbulento. No campo doméstico, os militares sempre estiverem presentes em momentos decisivos de nossa história. Fica o convite para quem quiser conhecer um pouco mais a respeito.

Exército de Brancaleone ou ameaça à democracia?

BLOG MST O EXERCITOTêm sido constantes as declarações de João Pedro Stédile, capo do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), de que pretende colocar seu pessoal na rua e recorrer à violência para impedir as manifestações contra o (des)governo que se perde no lamaçal de corrupção e incompetência e na crise política e econômica. Fala-se no “Exército de Stédile” e nos riscos de uma guerra civil envolvendo o MST e outros grupos de esquerda e até na intervenção de nações vizinhas para socorrer o governo Rousseff contra a tentativa de golpe. Não acredito nessa força toda do MST. Não acredito nesse “Exército de Stédile”.

É certo que o MST não tem escrúpulos de recorrer à violência e a ações de guerrilha para defender seus interesses. Vivem isso, que é parte de sua doutrina anacrônica e de ódio, forjada no que existe de mais nefasto. Também é certo podem causar muita violência em ações pontuais e que não pensariam duas vezes em gritar, espernear e partir para a agressão física e para a depredação do patrimônio, para tentar inibir a onda crescente de protestos dos que estão indignados com o governo e querem um país mais democrático, justo e perfeito.

mst-facaoTambém é certo que, entre os líderes do MST, há a expectativa real de confrontação (preferencialmente com autoridades públicas), de onde podem surgir “mártires” para sua causa. Sim, porque, de acordo com a cartilha que seguem, muito interessante é que alguém seja “sacrificado” para que se crie o fato político e as forças de segurança do Estado sejam taxadas de violentas, opressoras e antipopulares. Disso tudo o “Exército de Stédile” é capaz.

Entretanto, ao contrário das SA (Sturmabteilung) da Alemanha nazista, há muita bravata no discurso do MST e em suas ações. Acredito que não sejam páreos para a Força Pública. A primeira bomba de efeito moral causará a dispersão da grande maioria. Nossas polícias devem estar atentas, porém, que sempre há aqueles dispostos a lutar, mesmo porque nada têm a perder. Esses são os perigosos.

E, se a Força Pública não conseguir conter o MST e seus aliados em sua onda de violência, ou, pior, no caso de uma inimaginável invasão do território brasileiro por tropas estrangeiras (não acredito nisso), haverá sempre as Forças Armadas. Sim, porque a defesa da Pátria e de nossa democracia também é atribuição das Forças Armadas. Espero, sinceramente, que não cheguemos a este ponto. Se chegarmos, porém, confio nos homens e mulheres de farda e que defendem a bandeira verde-amarela. Não acredito no Exército de Stédile para “defender a democracia”; confio no “Exército de Caxias”. Brasil acima de tudo!

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Contra-inteligência versus desinteligência

Excelente artigo de meu estimado amigo, Marcelo Rech, editor do Inforel. Trata-se de opinião isenta e fundamentada, de quem atua há duas décadas no jornalismo de forma responsável, qualificada e comprometida com a verdade e a missão de informar. Recomendo, em especial aos amigos jornalistas e àqueles da comunidade de inteligência (e, é claro, a todos os meus alunos e interessados no tema…)!

Inforel – Brasilia-DF, 04 de Novembro de 2011 – 20h00

Contra-inteligência versus desinteligência

Marcelo Rech

No dia 19 de outubro, a revista Carta Capital publicou reportagem sobre a existência do Manual de Campanha – Contra-inteligência, de responsabilidade do Exército Brasileiro.

O documento, segundo a publicação, destina-se à espionagem de todos os cidadãos, brasileiros e estrangeiros. Todos os que não usam farda, seriam considerados inimigos do Estado.

Carta Capital é uma revista de esquerda. Sua orientação editorial é essa. Durante os oito anos do governo Lula, esteve ao seu lado, servindo inclusive para atacar os críticos do presidente. Continuar lendo