The Maple Leaf Forever

remembrance_day_inottawa.jpeg.size.xxlarge.letterboxAqueles que me conhecem sabem de minha afeição pelo Canadá e por seu povo. Nesta semana de lembrança do fim da Grande Guerra (por meio do armistício de 11/11/1918), compartilho com meus leitores a letra e a música de uma canção que se torneou uma espécie de hino não-oficial do Canadá. Composta por Alexander Muir, em 1867, ano da fundação daquele grande país, The Maple Leaf Forever foi e é muito tocada em cerimônias patrióticas e militares. Impossível para um canadense não pensar nos que lutaram e morreram nas guerras das quais o país participou, e não lembrar de seus veteranos.

Minha homenagem, com esta canção, aos combatentes de ontem, de hoje, e do amanhã.

The Maple Leaf Forever

In days of yore, from Britain’s shore,
Wolfe, the dauntless hero came,

And planted firm Britannia’s flag,
On Canada’s fair domain.
Here may it wave, our boast, our pride,
And joined in love together,
The thistle, shamrock, rose entwine

The Maple Leaf forever!
Chorus:
The Maple Leaf, our emblem dear,
The Maple Leaf forever!
God save our Queen, and Heaven bless,
The Maple Leaf forever!

At Queenston Heights and Lundy’s Lane,
Our brave fathers, side by side,
For freedom, homes, and loved ones dear,
Firmly stood and nobly died;
And those dear rights which they maintained,
We swear to yield them never!
Our watchword evermore shall be,
The Maple Leaf forever!

Chorus:
Our fair Dominion now extends
From Cape Race to Nootka Sound;
May peace forever be our lot,
And plenteous store abound:
And may those ties of love be ours
Which discord cannot sever,
And flourish green o’er freedom’s home
The Maple Leaf forever!
Chorus:
On merry England’s far famed land
May kind heaven sweetly smile,
God bless old Scotland evermore
and Ireland’s Em’rald Isle!
And swell the song both loud and long
Till rocks and forest quiver!
God save our Queen and Heaven bless
The Maple Leaf forever!

Jamais Serão Esquecidos!!!

Lest forgetComo sempre faço todos os anos, relembro a importância da data de hoje. Há exatos 96 anos, na 11ª hora, do 11º dia, do 11º mês de 1918, os sinos por toda a Europa começavam a badalar celebrando o fim de quatro anos de guerra, cujo saldo negativo fora de 10 milhões de mortos e outros tantos feridos, mutilados, incapacitados. Além das preciosas vidas perdidas e dos incalculáveis prejuízos materiais, a Grande Guerra que terminava provocara mudanças fundamentais na sociedade, no quadro político e econômico internacional e, acima de tudo, da maneira de ver o mundo dos homens e mulheres de então.

A I Guerra Mundial afetou toda uma geração nos cinco continentes. Vale lembrar de países como o Canadá, tão distante do continente europeu, mas que, com uma população de 10 milhões à época, mobilizou 1,5 dos seus nacionais para o esforço de guerra, deixando para sempre nos campos de batalha da Europa cerca de 65 mil homens entre 17 e 45 anos, que foram lutar uma guerra que muitos diziam que não era deles…

Lest forget2Como sempre faço todos os anos, relembro que a Grande Guerra é um divisor de águas na História da humanidade. O mundo mudou completamente naqueles quatro anos e, a partir dali, mudaria muito mais. Bastante do que vivemos hoje encontra origem no conflito de cem anos passados…

Como sempre faço todos os anos, relembro dos milhões que se sacrificaram nos campos de batalha da Grande Guerra, dos civis que pereceram no conflito, das famílias afetadas por aqueles acontecimentos. E é a eles que rendo homenagem. Como se está a dizer hoje por todo o planeta, “jamais serão esquecidos!”!

Em homenagem a todos que viveram a Grande Guerra e que morreram naquele conflito, reproduzo aqui o Ato da Lembrança (The Act of Remembrance), um trecho do poema “For the Fallen” de Laurence Binyon, escrito em 1914, e muito usado no Dia da Lembrança (Remembrance Day), comemorado nos países da Comunidade Britânica das Nações, para lembrar os veteranos e os que tombaram defendendo seu país (for the King and the Empire). Aprendi sobre ele quando vivia no Canadá, onde a data é muito significativa. 

The Act of Remembrance

They shall grow not old,
as we that are left grow old:
Age shall not weary them,
nor the years condemn.
At the going down of the sun
and in the morning
We will remember them.

O Ato da Lembrança

Eles  não envelhecerão
Como nós envelhecemos
Eles jamais ficarão cansados
Nem o tempo os condenará
E quando o sol se puser
E ao amanhecer
Nós lembraremos deles.

Nós lembraremos deles! 

Remembrance-Sunday

Entre os Justos!

Ainda por ocasião do Dia Internacional da Lembrança do Holocausto (27 de janeiro), segue artigo muito interessante sobre muçulmanos que salvaram judeus da perseguição nazista.

We shall never forget!

Muslim Heroes Saved Jewish Lives During Holocaust

Today, January 27, 2013, is the International Holocaust Memorial Day. On this day, 68 years ago, the Allied Forces liberated the Auschwitz Death Camp. Although Israel commemorates her Holocaust Memorial Day on a date memorializing the Warsaw Ghetto Uprising, the United Nations has chosen for the International Holocaust Memorial Day to fall on Auschwitz Liberation Day.

According to Rabbi Israel Meir Lau, a former Chief Rabbi of Israel “In my opinion, the date set by the UN as the International Holocaust Memorial Day should be used to commemorate the righteous of other nations, who worked to save Jews in spite of the terrible dangers involved. There is no more appropriate a day than this to deliberate upon the personalities of those stars which shone brightly in the darkest night, people such as Chiune Sugihara, the Japanese consul in Lithuania; Roul Wallenberg, the Swedish diplomat in Hungary; Oscar Schindler, the German industrialist in Poland, and many others whose names are not known well enough.” Some of those names are of Muslims who selflessly risked their lives to save Jews and International Holocaust Memorial Day is a significant day to honor those people. Continuar lendo

Dia da lembrança

O dia 27 de janeiro será lembrado por muitos brasileiros como aquele em que ocorreu uma das maiores tragédias da história recente, onde mais de 200 jovens morreram asfixiados em uma boate de Santa Maria (RS). No mundo, nessa data se recorda o Holocausto e os milhões de homens e mulheres que foram vítima da barbárie e da insanidade.

Não pude deixar de observar a triste (e mórbida) semelhança entre a morte daquelas 200 pessoas a dos milhares que pereceram nas câmaras de gás, justamente em uma data tão simbólica. Pensando no sofrimento daqueles jovens de Santa Maria, veio-me logo a comparação com a situação dos homens, mulheres e crianças asfixiados pelo Zyclon B. A boite de Santa Maria tornou-se uma verdadeira câmara de gás… Na Alemanha, a causa é conhecida de todos. No Brasil, também: a irresponsabilidade de alguns e o descaso de outros com a segurança… Pagamos por nossa imprudência, imperícia e negligência, pela despreocupação típica do brasileiro que “acha que nada de ruim pode acontencer!” com ele. O resultado só pode ser um: choro, dor, morte.

Outra reflexão que me veio: se com uma tragédia como essa, em que duzentas pessoas morrem em um acidente há tanta (e plenamente justificável) comoção nacional, imaginem como seria no caso de um atentado terrorista acontecendo aqui em Pindorama…

Em tempo: o 27 de janeiro foi estabelecido pela Assembléia-Geral da ONU como o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto porque, nesta data, em 1945, foi libertado o campo de concentração de Auschwitz.

Lembremos e oremos pelos mortos de Santa Maria. Lembremos e oremos pelos mortos do Holocausto.

Para mais informações sobre o Holocausto, clique aqui.

Auschwitz

Liberation of Auschwitz

“So I was hiding out in the heap of dead bodies because in the last week when the crematoria didn’t function at all, the bodies were just building up higher and higher. So there I was at nighttime, in the daytime I was roaming around in the camp, and this is where I actually survived, January 27, I was one of the very first, Birkenau was one of the very first camps being liberated. This was my, my survival chance.”
—Bart Stern Continuar lendo

A importância do 11/11

É surpreendente a quantidade de baboseiras que as pessoas falam sobre o 11-11-2011! Abertura de portais, emanações das mais diferentes forças, momento para se conectar com outros planos e com seres tão etéreos quanto a imaginação possa conceber… Tudo isso dentro de uma gigantesca onda de esoterismo fashion, fútil e perdido! Isso me faz lembrar as palavras de Albert Einstein (este sim um místico de fato, apesar de poucos conhecerem essa faceta do gênio), que dizia que só acreditava em duas coisas infinitas: o universo e a estupidez humana… mas que não tinha certeza quanto à infinitude do universo!… E o pior é o incentivo dos meios de comunicação a todo esse besteirol pseudo-esotérico!

O dia 11/11 sem dúvida deve ser lembrado, só que por outro motivo. Essa data, nunca esquecida em muitas partes do globo, evoca a lembrança do 11/11/1918, quando começou a vigorar o armistício que pôs fim ao maior de todos os conflitos pelos quais a humanidade havia passado até então: a I Guerra Mundial, também chamada de “A Grande Guerra”. Foram cerca de 10 milhões de soldados mortos de diferentes nacionalidades, religiões, convicções políticas, e outros 7 milhões de civis, além de milhões de feridos e inválidos. Nações civilizadas que se digladiaram e mostraram sua face mais bárbara. Colheitas perdidas em campos onde o que cresceu durante anos foram apenas as papoulas que brotavam da terra onde se encontravam os corpos dos milhares que caíram por força de bombas, tiros ou baionetas… Cidades inteiras destruídas. Impérios que se esfacelaram. Enfim, um mundo que mudou tão intensamente em quatro tenebrosos anos como nunca se pudera prever! E as seqüelas se prolongaram para muito além daquele novembro de 1918, chegando mesmo a nossos dias. Com a Grande Guerra, acabou uma era e outra teve início.

O 11/11 é uma data especial, uma data que deve ser sempre lembrada em tributo daqueles milhões de seres humanos que sacrificaram sua juventude e a própria vida nos campos de batalha da Europa e do mundo. E ao final deste dia, que se possa dedicar alguns minutos de reflexão e meditação por todos que pereceram nas diversas guerras dos últimos 100 anos.

Segue um artigo de Jamal Khokhar, Embaixador do Canadá no Brasil, publicado hoje no Correio Braziliense, sobre o Dia da Lembrança.  

Dia da Lembrança

Jamal Khokhar, Embaixador do Canadá no Brasil

Hoje é um dia significativo para o Brasil e o Canadá, assim como para os outros países junto aos quais continuamos a lutar para defender a paz e a liberdade. No Canadá, o Dia da Lembrança surgiu como forma de comemorar o fim das duas guerras mundiais e de batalhas travadas desde então. É um dia para prestar homenagem a todos aqueles que lutaram para defender nossos ideais e, ao fazê-lo, pagaram com a própria vida. Valorizar os sacrifícios feitos por dezenas de milhares de cidadãos corajosos nos faz lembrar o custo da democracia.

Ambos os países participaram da Segunda Guerra Mundial — em que o Brasil foi o Continuar lendo