O Espião que não sabia amar

Mais sobre a história de espiões em que a arte imita a vida! E, como em todas as boas histórias do gênero, há muito mais nos bastoditores do que pode supor nossa vã filosofia… Só não gostei porque Petraeus era meu candidato para suceder Obama…

Sobre John Allen, vale destacar os problemas e situações arrisacadas aos quais os EUA ficaram expostos devido ao romance do general. Love is in the air!

A mulher que explodiu a CIA

Quem é a ex-aluna de Harvard que derrubou o chefe da agência de espionagem, num caso de sexo, poder e traição que abalou uma das instituições mais prestigiadas dos EUA

Mariana Queiroz Barboza – ISTOÉ

SEDUTORA
Paula Broadwell se envolveu com o chefe da CIA enquanto escrevia sua biografia

Agência de espionagem mais conhecida do planeta, a CIA foi criada para realizar serviços secretos de inteligência. Uma das atribuições principais de seus agentes é obter informações sem ter suas identidades reveladas. Seria de se imaginar, portanto, que seus funcionários fossem capazes de executar as tarefas mais arriscadas sem deixar rastros ou despertar suspeitas. Por uma dessas ironias improváveis, o número 1 da CIA nos Estados Unidos, o general David Petraeus, 60 anos, não conseguiu manter em sigilo uma atividade perigosíssima para os padrões americanos – um caso extraconjugal. Conforme descobriu, por acaso, uma investigação do FBI que havia sido desencadeada para apurar denúncia de perseguição virtual, Petraeus, que é casado, teve um romance com sua biógrafa, uma morena de 40 anos chamada Paula Broadwell, também casada. A revelação causou constrangimentos e resultou no encerramento precoce da carreira militar de Petraeus, obrigado a renunciar ao cargo de chefe da CIA sob o argumento de que o adultério poderia ser encarado como um problema para a segurança nacional. Temia-se que as aventuras do general tivessem potencial para submetê-lo a chantagens ou abrir brechas para a violação de informações secretas. Continuar lendo

Barbárie afegã (ou porque certos valores são inaceitáveis)

A última da noite, para quem acha que o multiculturalismo e essas outras palavras bonitas justificam a violação aos direitos humanos. Há regiões do mundo que estão separadas de onde se defende os valores ocidentais (como igualdade entre homens e mulheres, liberdade de expressão – deste as esquerdas não gostam se disser respeito a discurso distinto dos delas – e tolerância para com o diferente) não por quilômetros, mas por séculos. Não tenho paciência para esses modelos mais exóticos.

Nada, que fique claro, nada pode ser usado como argumento para violência como a que recai sobre milhões de mulheres afegãs e de outras regiões em que o homem é senhor da vida e da morte de suas mulheres e filhas. Também não me venham dizer que o Islã prega esse tipo de violência – não prega. Infelizmente, muitas das lideranças islãmicas de hoje usam de argumentos religiosos para oprimir e justificar a violência – exatamente como nós, cristãos, fazíamos há alguns séculos (felizmente, a civilização ocidental conseguiu desenvolver-se a transformar esse tipo de percepção em algo anacrônico).

De toda maneira, viva o Ocidente e ainda bem que o Ocidente venceu (pelo menos até agora!)! Imaginem como seria o mundo sob hegemonia chinesa, soviética ou sob algum modelo religioso radical!

“No podemos perdonar a esta mujer. Su marido tiene derecho a matarla”

El vídeo del asesinato público de una joven en Afganistán suscita críticas por el trato hacia las mujeres – La víctima, de 22 años, ha sido acusada de adulterio y ejecutada en su aldea

El País, Dubái9 JUL 2012
Foto: AFP / Vídeo: ATLAS

El asesinato público de una mujer en Afganistán vuelve a poner de relieve la brutalidad y el primitivismo de parte de esa sociedad, pero sobre todo lo poco que ha conseguido una década de ocupación occidental. Su difusión en vídeo sólo añade sal a la herida, en especial por su coincidencia con la Conferencia de Donantes de Tokio en el que se ha vinculado la futura ayuda al desarrollo a avances en la gobernanza, la justicia y los derechos de la mujer. Continuar lendo

Fortalecendo o Talibã

Pois é… a situação no Afeganistão só piora. Só não estou seguro quanto à idéia de o Talibã ter-se fortalecido depois do massacre promovido pelo alucinado soldado estadunidense. Afinal, o Talibã foi a pior coisa que já passou por aquelas terras desde muito tempo. Impossível ter qualquer simpatia pelo Talibã.

Não obstante, é conveniente que se entenda que as forças da coalizão no país são vistas pela população como tropa de ocupação. E ninguém gosta de estar sob ocupação. Complicado conquistar corações e mentes por ali.

Quanto ao cidadão que surtou e matou os 16 civis, é óbvio que é louco. O problema é que, em um caso como esses, talvez o melhor a fazer seja punir exemplarmente o sujeito ou até (claro que nunca farão isso) o entregarem aos afegãos. Caso contrário,  a aversão às forças estrangeiras no país só tende a aumentar… Vai ser difícil para os EUA deixarem aquele país.

O sujeito precisa ser punido, simples assim. Entretanto, repito, a alternativa é inviável. Imagino se fosse um soldado afegão que resolvesse sair atirando e matasse 16 civis ocidentais…

Spiegel online, 03/13/2012 03:19 PM
 

The World from Berlin: ‘Taliban Stronger than Ever’ after Massacre

Tensions are high in Afghanistan following Sunday’s alleged massacre of 16 civilians by a US soldier. The incident overshadowed Chancellor Merklel’s visit to Bundeswehr troops in the country. German commentators argue that it has also worsened the chances for peace in the country. Continuar lendo

A essência da guerra…

Realmente, muito interessantes a matéria e as fotografias… Sem maiores comentários.

The essence of war

Reuters – January 11, 2012 @ 7:13 pm – By Umit Bektas

As the medical staff rushed to prepare the seriously wounded soldier for immediate surgery, I stood in one corner of the emergency room wondering how publishable the pictures I would take of this bloody and violent scene would be and what would be the benefit of it, if they were indeed published.

No photo of the soldier who lay there covered in blood and unconscious would ever be sufficient to express his agonizing pain. There was no way I could ever sum up the earlier life of this solider, the life which would never be the same again. I could never explain why this happened to him. I could never relay in a single frame what really happened to him and what purpose his injuries would serve. For some time I watched the medical staff working frantically around the soldier, making superhuman efforts to keep him alive. Their efforts would probably save a life. What would mine accomplish? What would I have achieved if in the middle of this bloody scene I succeeded in taking a photo appropriate to be printed in newspapers and people thousands of miles away would bring into their homes to look at. What photo or photos would ever help the soldier to regain his limbs which would likely be severed very soon. I happened to catch a glimpse of the soldier’s boots lying on the floor. As the soldier was wheeled into surgery after emergency first aid, and the commotion in the room died down, I approached the bloodied boots and snapped them.

 [1]

It is now more than a month since I returned from my assignment as an embedded photographer with the U.S. troops in Afghanistan. Now, as I write this blog I am looking at that picture. I want to talk about what a pair of blood-soaked boots means to me; as a human being and as a photographer. Continuar lendo

Os EUA e o Afeganistão

Mais um artigo excelente, enviado por minha amiga Carmen Lícia.

Já se vai uma década de guerra no Afeganistão. E, como aconteceu ao último invasor que também passou dez anos por lá, o conflito continua indefinido. Os EUA parecem ainda não ter aprendido a lidar com a situação.

Sempre que penso no Afeganistão, lembro-me que, logo nos dias que se seguiram ao 11/09/2001, o Congresso dos EUA aprovou uma dotação incial de U$ 40 bilhões para a ação militar contra o Talibã. De lá para cá, calcula-se que a intervenção ali (e, se não me engano, com a guerra no Iraque) já tenha consumido U$ 1 trilhão dos cofres estadunidenses.  Fico imaginando que se esse montante tivesse sido empregado em programas (sérios) de desenvolvimento, redução de pobreza e crescimento da economia afegã, não teria dado melhores resultados para minar a influência talibã junto à população. Tudo bem, pode ser ingênuo o comentário, mas sempre pensei nisso…

De toda maneira, o Afeganistão, indubitavelmente, não é para amadores…


November 6, 2011
SNAPSHOT

Why the Haqqani Network is The Wrong Target

To Save Afghanistan, Deal With the Taliban

Seth G. Jones
SETH G. JONES is a Senior Political Scientist at the RAND Corporation and the author of the forthcoming book Hunting in the Shadows: The Pursuit of Al Qa’ida Since 9/11 (W.W. Norton).The Haqqani network has become the bête noire of the United States in Afghanistan. This fall, it participated in a number of high-profile attacks on U.S. soldiers, the U.S. embassy, and NATO headquarters in Kabul. And on October 29, it was involved in a spectacular suicide attack against an armored military bus in Kabul that killed at least nine Americans. In response, U.S. officials have vowed to punish the organization, which is based in Pakistan’s North Waziristan. Outgoing chairman of the Joint Chiefs of Staff, Admiral Michael Mullen, bluntly noted in a September Senate Armed Services Committee hearing that the Haqqani network “has long enjoyed the support and protection of the Pakistani government and is, in many ways, a strategic arm of Pakistan’s Inter-Services Intelligence (ISI) agency.” And senior Pentagon and White House officials recently threatened to act unilaterally against the Haqqani network in Pakistan, including with drones, if Islamabad does not cut ties with the network. Continuar lendo