Falta menos de um mês para o mundial de futebol do Brasil, tido como “o maior espetáculo da terra!”. Muitos brasileiros vão comemorar, e milhares de estrangeiros virão desfrutar as maravilhas desta terra! Mas entre as “maravilhas” pelas quais o Brasil é conhecido no exterior está oferta fácil de sexo e, pior, a prostituição de crianças e adolescentes. E com aquiescência ou ao menos a falta de atenção de nossos governantes para com essa barbaridade.
Das diferentes formas de violência, a violência contra crianças é a mais execrável. E quando se chega à violência sexual contra pequenos, os efeitos são os piores e o impacto do abuso é duradouro. Afinal, tem-se um hipossuficiente em um dos polos, alguém muito mais frágil e indefeso que o adulto, e sem qualquer condição de reagir contra o abuso. Tenho desprezo e repulsa por adultos que se prestam a ter relações sexuais com crianças. E, sinceramente, acho que a punição para esses monstros deve ser dura e implacável.
Infelizmente, a mesma sociedade que acha que um criminoso homicida de 17 anos deve ser tratado como menor infrator e não pode ser punido por seus atos aceita com leniência e permissividade a prostituição de uma menina de 12 anos. Escuta-se argumentos do tipo “pode ter 16 anos, mas já tem corpo de mulher!” ou, pior, “se é prostitua nada tem de inocente, apesar dos seus 13 anos!”, ou, ainda, “se for consentido, tudo bem… uma menina de 12 anos já sabe o que quer!”… São encontradas as justificativas mais repugnantes para a o abuso…
Usualmente, o perpetrador desta violência no Brasil não distingue classe social: do operário da construção civil que na hora do almoço procurar uma menina para saciar seu desejo ali perto mesmo da obra, ao homem público, o magistrado e o “chefe de família exemplar” que procura casas de prostituição especializadas ou “compra” uma garota de 10 anos em alguns lugares do País. E tudo fica bem. E no fim do dia esses “homens de bem” voltam para suas casas e beijam suas esposas e filhas… Isso me enoja.
Com a Copa do Mundo, a clientela se amplia: estrangeiros virão em busca do prazer fácil com a inocência. A matéria do portal de notícias chileno chama atenção para o problema: “As meninas putas do Mundial do Brasil” é o título da reportagem, que relata a condição das meninas de várias cidades brasileiras que se prostituem e esperam ansiosas os dólares que virão com os jogos. E, lembra o repórter, com certa aquiescência do governo brasileiro (e eu diria que da sociedade também).
Até quando seremos o país da violência, da corrupção, da pedofilia e das putas? Talvez até que o brasileiro resolva lutar pela defesa de suas crianças, nosso bem mais precioso como nação, pela valorização da dignidade da pessoa humana e pela recuperação de valores que se fundam na família e na proteção ao indivíduo com “ser humano”. Pessoas não podem ser tratadas como peças de carne que se compra em açougue.
Precisamos de mudança. Isso exige uma transformação social e de mentalidade. Mas parece que os tomadores de decisão, e os nossos formadores de opinião não estão nada preocupados com isso: todos querem uma Copa do Mundo de festa e alegria. O problema é que, para muita gente, essa festa envolve drogas, sexo e violência. Está aí um legado que ficará do Mundial de 2014…
Seguem a reportagem de “El Mostrador” e um vídeo sobre o assunto.
Las niñas putas del Mundial de Brasil
“Espero tener mucho trabajo con los aficionados al fútbol”, sostiene Thais, de 16 años. Planea cobrar 23 dólares, cuatro veces más que el precio actual.
por EL MOSTRADOR, 22 DE MAYO DE 2014Hace un tiempo, el gobierno brasileño retiró de circulación una pieza de una campaña en redes sociales sobre enfermedades de transmisión sexual, en la que una mujer declaraba “soy feliz siendo prostituta”. Fue emitida en el marco del Día Internacional de la Prostituta.
Pese a la censura, se espera que la prostitución aumente a medida que se acerca la Copa Mundial de la FIFA en 2014. Especialmente, la prostitución infantil. Continuar lendo