O fim do Horário de Verão: amém!

Na última semana, nosso Presidente Jair Bolsonaro anunciou (viva!) o fim do horário de verão. Afinal, a economia de energia é ínfima perto dos transtornos causados pela mudança no relógio.

Comentei da minha satisfação em algumas redes sociais e muita gente assinalou que gosta desse horário do Capiroto… Meus amigos argumentam que “essa hora a mais de luz” é algo bom para aproveitar o dia, que dá para ir para a academia no final da tarde ainda com sol, que até se aproveita uma praia depois do expediente. Tudo bem! Há quem goste… e que bom que isso acontece!

Eu, particularmente, detesto e sempre detestei horário de verão. Mas isso, repito, é uma questão de foro íntimo, como se gostar desse ou daquele time de futebol ou dessa ou daquela escola de samba. Porém, contudo, todavia e entretanto, minha alegria em ver essa coisa ruim acabando repousa em uma preocupação coletiva…

Quem gosta do famigerado horário de verão porque pode aproveitar a praia depois do expediente já pensou nos milhões de trabalhadores que têm que acordar cedo para pegar o ônibus ou o trem das quatro ou cinco da madrugada? Imaginemos o cidadão que tem que estar na estação ou na parada às 5h da manhã (sim, milhões de brasileiros passam por isso todos os dias), e que, portanto, desperta, muitas vezes, 4h da matina (no horário de D’us)? Esses homens e mulheres batalhadores terão que acordar às 3h da manhã com um horário de verão. Isso tem impacto não só sobre o sono e o rendimento dessas pessoas, mas também sobre sua segurança (quantas pessoas no tenebroso horário do Tinhoso não têm que sair para trabalhar ainda no escuro, enfrentando nossas ruas pouco seguras?).

E pensemos também nas crianças e adolescentes (e em seus respectivos responsáveis) que devem estar na escola às 7h, 7h30 da manhã? No horário do Coisaruim, isso seria 6h ou 6h30… A que horas os pobres e seus genitores teriam que acordar?

Assim, repito, ainda que individualmente se ache maravilhoso o tal horário de verão, pensando-se no coletivo a medida veio em muito boa hora (hora regular, de D’us, não hora de verão)! E vida que segue!

Obrigado, novamente, às autoridades federais por essa sábia decisão. Certamente virão outras! (A tomada de três pinos que se cuide…)

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