Um passeio por Caxias (MA) e a contribuição caxiense à vitória da União na Guerra de Secessão

Em decorrência das primeiras Crônicas dos meus 40 anos, alguns dos meus 16 (dezesseis) leitores ficaram curiosos com relação à cidade de mamãe, a bela Caxias, no Maranhão. 

Uma observação inicial é que foi Caxias do Maranhão a primeira cidade a ostentar esse nome! Assim, quando você vir Duque de Caxias ou Caxias do Sul, saiba que essas cidades foram assim denominadas após Caxias do Maranhão. Diga-se de passagem, Luís Alves de Lima e Silva recebeu os títulos de Marquês, e depois de Duque de Caxias devido a sua atuação na cidade de mamãe por ocasião da Balaiada, um dos conflitos do período da Regência, na primeira metade do século XIX.

A quase bicentenária “Princesa do Sertão” é uma cidade que apaixona pelas suas singularidades e pelo povo hospitaleiro. Para mim, as lembranças da infância me ligam eternamente a Caxias, para onde ia nas férias.

Para apresentar Caxias, segue um vídeo curtinho, produzido em 2017 para comemorar os 194 anos da terra do poeta Gonçalves Dias:

Este aqui, bem amador (mas bacana!), é um passeio por Caxias (MA) com uma coletânea de fotografias:

Por último, um vídeo com curiosidades a respeito dos bairros e ruas de Caxias:

Meu abraço a todos os caxienses!

Em tempo: quando fiz iniciação científica em História Econômica (sim, sempre minha paixão pela História!), ainda no começo da primeira graduação, deparei-me com interessantes informações sobre a exportação de algodão de Caxias para os Estados Unidos, mais especificamente para os Estados da União, durante a guerra civil naquele país. Assim, Caxias teve sua contribuição também para a vitória da União sobre os Confederados!

Batalhas campais…

Depois de vinte dias com o site parado (compreendam, meus queridos oito leitores, que a correria tem sido grande nos últimos dias), segue artigo muito interessante, encaminhado pelo meu caríssimo amigo Alexandre A. Rocha, sobre as mudanças nas práticas de guerra no século XIX, com análise a partir de uma batalha da Guerra Civil americana.  É muito ilustrativo para quem se interessa pelas mudanças na guerra ao longo do século XIX e pelas diferenças entre os conflitos pré-napoleônicos e aqueles sob a égide da Revolução Industrial e com o envolvimento da sociedade.

Destaco a percepção do autor sobre a pouca efetividade das batalhas campais para a guerra moderna. E lembro, ainda, que este ano a batalha de Gettysburg completa 150 anos… Recomendo leitura!

battle-chancellorsville

Winning the Field, but Not the War

NY Times – May 3, 2013, 8:58 pm

By JAMES Q. WHITMAN
 

One hundred and fifty years ago this week, more than 133,000 Union soldiers squared off against more than 60,000 Confederates in the Battle of Chancellorsville. Though the battle swung back and forth for several days, it ended with a decisive Southern victory. And yet the war ground on, for another two years. The war only ended when the devastation spilled off the battlefield, as Sherman and his army took the conflict to the farmland and cities of the South.

It is important to understand the change this pattern marked in military history. Victory in pitched battle was not enough to end the Civil War — and that was an ominous sign for the wars of the future. Pitched battles like Chancellorsville or Gettysburg are terrifying events for the soldiers who participate in them. But for society at large they are a blessing: they confine the horror of war to a single field, ideally for a single day. Strange though it may sound, a pitched battle functions as a kind of orderly legal procedure. It is a formal trial by combat, and when it works, it puts a quick and tidy end to conflict. The verdict of battle settles a war before it spins out of control. Continuar lendo