Emoções passadas…

Dia desses, a BBC publicou uma matéria sobre “7 emoções humanas do passado que já não sentimos mais“. Achei interessante em razão dos aspectos linguísticos, pois aquelas palavras, mais que as emoções, é que me pareceram acabar em desuso (e isso assinala a evolução do idioma…). Afinal, não me parece razoável dizer que não sentimos mais hoje “melancolia”, “nostalgia” ou que a “hipocondria” deixou de existir (eu mesmo sou hipocondríaco – tudo bem que sou “old school”, utilizo o smartphone para fazer chamadas e emprego o termo “transparências” para me referir aos slides das minhas aulas…

De fato, devem ser velhas emoções com novas roupagens. O importante mesmo é ter consciência do que se sente e saber lidar com isso para evitar excessos. E há aquelas emoções que ainda existem, mas que deveriam ter ficado na memória: rancor, raiva, inveja… Melhor seria se não as conhecêssemos mais…

Bom, segue a matéria que achei, no mínimo, curiosa…

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7 emoções humanas do passado que já não sentimos mais

Tendemos a pensar que as definições das emoções são fixas e universais. Porém, variam de país a país e também mudam com o tempo.

Considere, por exemplo, a palavra schadenfreude, que só existe em alemão e que descreve o desfrute da desgraça alheia.

Além disso, novos tipos de emoções surgem a todo momento – vide as novidades constantes nos emoticons, que tanto usamos para expressar nossos sentimentos.

A BBC Radio 3 conversou com Sarah Chaney, especialista do Centro para a História das Emoções, no Reino Unido, sobre as emoções do passado e como elas podem nos ajudar a entender como nos sentimos hoje.

Essas são algumas delas.

1 – Acédia

A acédia era uma emoção sentida por homens muito específicos na Idade Média: monges que viviam em monastérios. Esta emoção surgia, em geral, devido a uma crise espiritual. Quem era acometido pela acédia sentia inquietação, desânimo, apatia e, sobre tudo, um forte desejo de abandonar a vida santa.

“É possível que, hoje em dia, isso seja catalogado como depressão”, explica Chaney. “Mas a acédia estava especificamente associada a uma crise espiritual e à vida no monastério.”

Certamente, era uma fonte de preocupação para os abades, que ficavam desesperados com a indolência que acompanhava a acédia.

Com o passar do tempo, o termo “acédia” foi se tornando intercambiável com “preguiça”, um dos sete pecados capitais.

A acédia era uma emoção vinculada a monges que passavam por uma crise espiritual

2 – Frenesi

“Esta é outra emoção medieval”, diz Chaney. “É como a ira, mas é mais específica que a ira – da forma que a compreendemos hoje. Alguém que sentia frenesi ficava muito agitado. Tinha ataques violentos de fúria, fazendo birra e muito barulho.”

Assim, era impossível sentir frenesi e ficar quieto.

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