O Editorial do Correio Braziliense de hoje, corroborando minhas reflexões sobre a notícia do “espetacular avanço do Brasil à 5a posição no ranking das grandes economias do globo!”
Como bem lembrou nossa amiga e sempre colaboradora Carmen Lícia Palazzo, comentando o post anterior, a diferença entre nós e a China é que eles crescem em bases sólidas!
Crescer em bases sólidas: este é o real desafio! Caso contrário, poderemos atolar na lama (e estou sendo gentil em dizer que será na lama)…
Visão do Correio: Falta o salto qualitativo
Correio Braziliense, 28 Dez 2011Chegar a sexto PIB do mundo constitui importante vitrine para o Brasil. Significa que o país, graças às riquezas aqui produzidas, entrou no seleto clube das nações mais ricas do planeta. E, como tal, ganhará mais voz. O salto tem o gosto do ineditismo. Pela primeira vez, uma nação sul-americana passou à frente do Reino Unido e, de acordo com o britânico Centro de Pesquisa para Economia e Negócios, até 2020 deixará para trás dois gigantes europeus — a França e a Alemanha. Mas se manterá, segundo a mesma previsão, no mesmo honroso 6º lugar porque Índia e Rússia avançarão mais.
A notícia, sem dúvida alvissareira, impõe considerações. Vale lembrar que o fenômeno deve ser creditado não só a qualidades verde-amarelas, mas também a problemas enfrentadas pelo Velho Continente. O câmbio valorizado, aliado à crise da Europa, cuja economia deve sofrer 10 anos de estagnação, permitiu o avanço no ranking ora anunciado. A conjuntura mundial trouxe outra ajuda. O crescimento da China impulsionou as exportações de commodities, que tiveram os preços consideravelmente elevados. Continuar lendo