Leviatã Vermelho

leviatãA coisa no Brasil vai de mal a pior. O governo que aí se encontra demonstra todo seu autoritarismo saqueando os cidadãos com medidas como essa do aumento do IOF para as operações no exterior. E o faz na calada da noite, de maneira subreptícia, sem qualquer preocupação com o que pode acontecer a milhares de brasileiros que estão, no momento, fora do País. Tudo sob a pecha da legalidade.

Cada vez mais esse governo mostra sua face autoritária, antidemocrática. Quer controlar a vida privada do cidadão e até sua maneira de pensar. É a transformação proposta por Gramsci, só não vê quem não quer. E a classe média continua assistindo isso quieta, como cordeiros antes de serem abatidos. Já vi esse filme, e não acabou bem.

Se não houver uma reação, essas pessoas continuarão no poder comente seus abusos. Em 2014 teremos eleições. Em uma democracia, essa é a saída.

Lúcidas, tremendamente lúcidas as considerações de Jorge Oliveira no artigo que segue. Recomendo a leitura. Recomendo a reação. Ou seremos devorados pelo Leviatã vermelho.

Diário do Poder – JORGE OLIVEIRA

BRASILEIRO NÃO REAGE E DILMA TENTA IMPEDIR VIAGEM AO EXTERIOR

Publicado: 31 de dezembro de 2013 às 17:42

Rio – Os brasileiros estão cansados,  perdendo a força e a indignação diante de tantas mazelas do governo. Depois que o Lula chamou-os de vira-latas, aí então é que eles botaram o rabinho entre as pernas e se encolheram, apequenaram-se. Preferem as novelas insossas da Globo, a adoração aos milionários jogadores de futebol, as festividades da Copa do Mundo, a pancadaria do Anderson Silva e as juras de amor a Dilma Roussef à lutar pelos seus direitos. É por causa dessa leniência que o governo vem tratando seus súditos como cães sardentos, decidindo, agora, de cima pra baixo, como devem comer,  vestir,  se divertir e até viajar como se fossem um bando de alienados, comandados por ditadores de uma republiqueta de bananas.

 É assim que começamos 2014, com a Dilma mandando o Guido Mantega, o ministro da Fazenda, ítalo-brasileiro, agir como um déspota aumentando de 0,38% para 6,38% o imposto sobre qualquer tipo de operação com moeda estrangeira. Pegos de surpresa no exterior, milhares de brasileiros refazem suas contas, reduzem  suas compras e restringem seu divertimento porque a presidente Dilma decidiu numa canetada penalizá-los, aproveitando-se do recesso do Congresso, a quem caberia também discutir sobre essa questão.

Vive-se hoje no Brasil uma ditadura branca disfarçada de democracia, com um Congresso fraco e um Executivo forte. Ao decidir pelo aumento da alíquota, o governo garante uma receita anual de R$ 552 milhões. Mais uma vez sacrifica o contribuinte com aumento de imposto para tentar equilibrar as contas de uma economia maquiada e em frangalhos e para evitar mais gastos dos turistas lá fora, que até novembro foram de U$ 23,1 bilhões, 14% a mais do que 2012.

Ora, ir ao exterior deixou de ser privilégio da classe média. Milhares de brasileiros de todos os níveis sociais gastam lá fora porque no Brasil é mais caro pagar um hotel, comprar uma roupa ou simplesmente frequentar um restaurante, principalmente no Rio e São Paulo.  Voar, então, nem se fala. O bilhete está ficando cada vez mais inalcançável. É mais fácil comprar um pacote com hotel e passagem aérea para os Estados Unidos ou para a Europa do que para o Nordeste, por exemplo, onde uma passagem em dezembro não custava menos do que R$ 3 mil só uma perna.

Veja que absurdo. Um turista que a partir de agora efetuar um carregamento de U$ l mil no cartão pré–pago pagará U$ 63,80, uma extorsão ao bolso do consumidor. O governo não avisa previamente medidas como essas que afetam o contribuinte, o último a saber.  Mesmo assim, os brasileiros parecem anestesiados diante de tanto  desrespeito e autoritarismo de um grupo de burocratas que decide agora como você come, bebe, se veste e viaja sem levar em conta que pelo menos quatro meses do seu trabalho por ano são para pagar impostos.

A acomodação a esses fatos é tão assustadora que ninguém se atreve a questionar o governo na Justiça sobre o aumento abusivo desse imposto que nem sequer foi discutido no Parlamento. A OAB – que agora interfere na reforma política –  deveria também se preocupar com essas decisões verticalizadas tomadas entre quatro paredes por um governo insensível e incapaz de tirar o país do atoleiro com inteligência e competência, numa evidente demonstração de que a economia brasileira continua se arrastando no improviso.

O mais desalentador é que ninguém sabe para onde vai tanto dinheiro arrecadado com imposto no Brasil, que está no topo dos países com a maior carga tributária do mundo. De uma coisa é certa, boa parte dessa grana é desviada para paraísos fiscais. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, nos últimos 10 anos, 40 bilhões dos cofres públicos foram parar nas mãos de empresários, burocratas e políticos corruptos.

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