Tambores de Guerra – arrisco a data

Kim Jong-un meets top North Korean military officialsMuito bem! Antes que meus fiéis oito leitores (acho que minha mãe parou de acessar…) comecem a pensar que estávamos todo esse tempo parados em luto por Hugo Chávez (não, não estávamos), ou mesmo que, como pregam os adeptos das conspirações, que eu poderia ter ido aos funerais do homem (não, não fui), ou, pior, que eu fosse o próprio Hugo Chávez (não, não sou), voltamos a nossas atividades regulares neste belo 31 de março (data mais que apropriada).

aap_5456_260313m_NorthKoreaMilitary_800x600Começo assinalando minha preocupação com os acontecimentos na Península da Coréia. Estou surpreso com alguns analistas que têm destacado (sobretudo junto à mídia brasileira) que não se trata de situação grave, pois Pyong Yang estaria apenas blefando. Com todo respeito aos colegas, não é assim que vejo esta crise.

De fato, parece-me que nunca foi tão alto o risco de um conflito armado (re)começar naquela região. Estado de guerra declarado, militares mobilizados, arsenais preparados e um garoto com necessidade de afirmação, aconselhado por um grupo de velhos anciães em um regime com turva percepção da realidade: prato cheio para um gesto impetuoso e impensado…

A Coréia do Norte não tem um governo com os padrões de racionalidade do restante do mundo. Repito que se trata do regime mais fechado do planeta, no qual a percepção da realidade, inclusive do governante supremos de seus conselheiros mais próximos é obscurecida por décadas de regime totalitário (o último reduto do stalinismo) e que, neste momento, calcula (pessimamente) que pode mostrar seus dentes e suas garras ao mundo.

North Korean military drill-1775947Sim, a situação na Península da Coréia está mais tensa do que nunca. Acho muito real a possibilidade de Bob Filho desencadear uma campanha militar contra os sul-coreanos e aliados. A guerra, certamente, será rápida, mas nada indolor. Arsenais nucleares poderão ser usados. Atenção especial deve ser dada à China e, claro, aos EUA nesse contexto. O pessoal em Washington não estava brincando (nem considerando brincadeira as ameaças de Pyong Yang) quando disse que medidas enérgicas poderiam ser tomadas.

Não vi até agora ninguém se arriscando a dizer o que direi a seguir: arriscarei a data do momento máximo de tensão. Será  15 de abril. Por quê?

No próximo dia 15 de abril a Coréia do Norte celebrará os 101 anos do nascimento de seu fundador, o grande líder Kim Il sung, avô de Bob Filho (Kim Jong-un). Os festejos do ano passado acabaram abafados pelo luto com a perda de Chico Cézar (Kim Jong-il, filho do Grande Líder e pai do atual). Seria uma ocasião interessante para o pequeno notável mostrar sua capacidade de conduzir o país a algo grandioso… E esse é meu medo. Mas o pessoal tem dito que está tudo bem, que não passa de bravata. Espero que realmente só seja bravata…

Bob Filho

Corea del Norte anuncia que las relaciones con el Sur han entrado en una fase de guerra

Publicado: 29 mar 2013 | 23:24 GMTÚltima actualización: 31 mar 2013 | 4:06 GMT
 Corea del Norte anuncia que las relaciones con el Sur han entrado en una fase de guerra
AFP

Corea del Norte anunció el sábado que las relaciones en la península coreana han entrado en estado de guerra y resolverán los asuntos con el Sur según las normas de guerra, informó la agencia surcoreana Yonhap citando una nota oficial de Pyongyang.

En caso de cualquier provocación por parte del Sur o EE.UU. no habrá “una guerra local sino una guerra universal, una guerra nuclear”, dijo la nota oficial. “Las situaciones en la península coreana que ni son de paz ni de guerra han tocado a su fin”, reza el comunicado.

“Todas las acciones del Gobierno, los partidos políticos y las organizaciones serán ahora tomadas partiendo del hecho de que nuestro país se encuentra en estado de guerra con Corea del Sur”, reza el comunicado subrayando que esta “decisión importante” del líder norcoreano Kim Jong-un es un ultimátum a las “fuerzas hostiles” y un paso final en busca de la justicia.

“Esta guerra no durará ni tres días, sino que será una guerra relámpago, en la que el Ejército Popular de Corea ocupará todas las áreas de Corea del Sur, incluyendo la isla de Jeju de un golpe, sin darle tiempo a EE.UU. y sus títeres belicistas a recobrar el sentido. La guerra se desarrollará en tres dimensiones: por tierra, mar y aire, en la línea del frente y en la retaguardia”, asegura el documento.

El ejército de Corea del Norte se mantiene a la espera de una orden de Kim Jong-un, que la víspera ordenó preparar los misiles para un eventual ataque. El comunicado advierte que Corea del Norte tomará represalias sin piedad en caso de producirse un acto de provocación por parte de EE.UU. o Corea del Sur.

Esta guerra no durará ni tres días, sino que será una guerra relámpago”.

El gobierno surcoreano respondió rápidamente a la decisión de Pyongyang de declarar el estado de guerra, asegurando que “la declaración de Corea del Norte no es una amenaza nueva, sino la continuación de sus amenazas provocadoras”, reza un comunicado del Ministerio de Unificación. Mientras, el portavoz del Consejo Nacional de Seguridad estadounidense, Caitlin Hayden, anunció que EE.UU. se toma “en serio” la declaración de Corea del Norte sobre el estado de guerra con Seúl.
Las dos Coreas permanecen técnicamente en guerra desde el conflicto que las enfrentó en 1950-53, y que terminó con la declaración de una tregua y no con la firma de un tratado de paz formal. A inicios de marzo el Gobierno de Corea del Norte anunció que ya no se siente obligado a cumplir el armisticio firmado hace 60 años con Corea del Sur. “Ha llegado el momento de la batalla decisiva”, proclamó el diario oficial norcoreano Rodong Sinmun, que esgrime que “Estados Unidos ha reducido el armisticio a letra muerta”.