Antecipação de um ataque esperado…

Os atentados de hoje apenas anteciparam uma ação militar israelense prevista para o início de setembro… Mas os palestinos atacaram primeiro. Legítima defesa portanto, argumenta Tel Aviv…

O problema é que teriam partido ataques da Península do Sinai, o que acabaria por envolver o Egito no confronto, em momento que não é nada bom… Isso, associado à pressão internacional pela saída de Assad, abala bastante o equilíbrio de poder na região… Estariam os tambores de guerra começando a soar?

Em tempo: até eu que sou simpático à causa israelense fiquei surpreso com a cobertura pífia que a mídia internacional deu a esses acontecimentos… Será exagero da minha parte?

PS: não encontrei fotos para postar.

Israel bombardeia Gaza em retaliação a atentado a seu território

BBC Brasil – Atualizado em  18 de agosto, 2011 – 08:46 (Brasília) 11:46 GMT
Ônibus foi alvo de um ataque de homens armados na fronteira entre Israel e Egito.Turistas viajavam nos dois ônibus israelenses quando aconteceu o ataque

O Exército israelense confirmou ter realizado um ataque aéreo na Faixa de Gaza, em retaliação a um atentado ocorrido horas antes, no sul de Israel.

Segundo fontes médicas palestinas, pelo menos seis pessoas morreram no bombardeio de Rafah.

Os militares israelenses já haviam prometido uma dura resposta aos ataques a dois ônibus no sul do país, próximo à fronteira com o Egito, que resultaram na morte de sete pessoas.

Israel acusa militantes de Gaza infiltrados no país pelo atentado. No entanto, o grupo palestino Hamas, que controla a região, negou envolvimento.

Fontes palestinas disseram à BBC que entre os mortos estariam uma criança e quatro membros da Comissão de Resistência Popular, uma facção em Gaza leal ao Hamas, mas que às vezes opera de forma independente.

Segundo a agência de notícias Reuters, Israel atacou com aviões não tripulados, conhecidos como drones.

Ônibus

Já o atentado em Israel começou quando homens armados abriram fogo contra um ônibus que levava turistas e soldados para a cidade de Eilat.

Em seguida, de acordo com a imprensa local, uma bomba explodiu na estrada, atingindo um segundo ônibus.

Pessoas aguardam notícias em frente ao hospital em Eilat.Pelo menos 25 feridos no ataque ao primeiro ônibus foram levadas para um hospital em Eilat

Outros veículos foram atingidos logo depois na mesma região. No total, sete israelenses foram mortos e, segundo um médico do hospital de Eliat, há ao menos 25 feridos, um deles em estado grave.

Os feridos, na maioria, eram soldados israelenses, de acordo com o hospital.

Autoridades israelenses disseram que vários atiradores foram mortos durante a troca de tiros.

‘Força e determinação’

Segundo o correspondente da BBC em Jerusalém, Paul Danahar, este é o primeiro ataque na fronteira entre Israel e o Egito em muitos anos.

Para ele, as emboscadas devem elevar a preocupação israelense com a segurança na região da fronteira egípcia.

O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, qualificou o ataque de um “grave incidente”.

O ministro da Defesa, Ehud Barak, acusou os militantes de Gaza. “A verdadeira fonte de terrorismo está em Gaza e nós vamos agir contra eles com força e determinação.”

O Exército israelense confirmou ter realizado um ataque aéreo na Faixa de Gaza, em retaliação a um atentado ocorrido horas antes, no sul de Israel.

Segundo fontes médicas palestinas, pelo menos seis pessoas foram mortas no bombardeio de Rafah.

Uma resposta em “Antecipação de um ataque esperado…

  1. Também me espantou a falta de cobertura da imprensa mas não sei se o motivo não foi o interesse midiático nos horrores da Síria, que tomaram as manchetes. De qualquer maneira, embora eu já tenha simpatizado com a causa israelense, acho que a expansão enorme dos assentamentos de colonos traz muito mais instabilidade do que segurança. O Abbas acaba ficando numa situação muito difícil de justificar qualquer acordo com Israel, que está claramente querendo inviabilizar a criação de um Estado palestino. O que me surpreende é que uma solução de dois estados me pareceu sempre a mais razoável até para lutar contra o terrorismo. Acho que o que está em jogo em Israel é muito mais a luta interna e a conquista de eleitores com atitudes espalhafatosas, pois se sabe que na sociedade civil israelense há muitos grupos que realmente batalham pela convivência pacífica com os palestinos. Pena que estas iniciativas têm pouca ou nenhuma repercussão na mídia e pouca força eleitoral lá dentro.

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