A primeira vez que ouvi sobre o Ebola foi há mais de vinte anos, quando uma epidemia na atual República Democrática do Congo ceifou muitos vidas, em pouco tempo, e o mundo vi imagens chocantes de pessoas sangrando pelos poros, o que parecia o prenúncio do Apocalipse. Aquilo realmente me assustou e, como sempre tive interesse em entender essas doenças e epidemias, resolvi pesquisar mais… Aí fiquei mais tranquilo. Fiquei tranquilo não porque o vírus não seja tremendamente perigoso (é, sem dúvida, um dos mais letais conhecidos), mas pela dificuldade deste chegar a terras brasileiras…
O Ebola tem suas origens no interior das florestas africanas. Em uma história que parece de ficção científica, o vírus permaneceu adormecido em algum hospedeiro que não era por ele afetado até que o homem o encontrou. A caixa de Pandora fora aberta. Mais de 90% das pessoas que tinham contato com a doença morriam, e rápido . Era a natureza dizendo que havia certas questões nas quais o homem não deveria meter a mão. Mas a necessidade de derrubar matas e explorar as riquezas da África selvagem falou mais alto. E o mal se propagou…
Por que não me preocupo tanto com o Ebola? Porque a possibilidade de uma epidemia global desta doença é baixa, e por uma razão bem simples: o hospedeiro humano morre muito rapidamente após o contato com o vírus. Assim, a primeira medida para contenção da doença é isolar as pessoas contaminadas.
Não é por isso que não devemos nos preocupar com o Ebola. É importante que a comunidade internacional esteja atenta à propagação da doença. Não se pode brincar com algo tão letal. Porém, no caso brasileiro, mais preocupantes são doenças epidêmicas que afetam diretamente nossa população e contaminam milhares por ano, das quais a dengue é a principal: a febre amarela, a tuberculose (que volta discreta, mas firmemente), a dengue. Sim, tenho muito mais medo da dengue. E a prevenção contra esses males é a melhor alternativa e exige empenho das autoridades públicas e de cada cidadão. Taí uma guerra justa e que tem que ser travada dia-a-dia, só podendo ser vencida se todos colaborarem.
O Brasil é um país tropical, abençoado por Deus. E tem doenças tropicais e doenças causadas por falhas no saneamento público e, em alguns casos, pela falta de cuidados de cada indivíduo. Este post só tinha por objetivo alertar para o problema.
Sobre a dengue, recomendo dois sites com informações que todo mundo deve conhecer: http://www.dengue.org.br/ e http://www.combateadengue.com.br/. Há outros.
Sobre o Ebola, para os mais curiosos, segue um artigo interesse da Deutsche Welle…
PS: Não postarei fotos de pessoas contaminadas pelo Ebola aqui porque são muito chocantes.
Deutsche Welle – CIÊNCIA – 02/04/2014Ebola é um dos vírus mais perigosos do mundo
Não há remédios para combater a doença, e na grande maioria dos casos ela é fatal. Transmissão acontece através do contato direto com pessoas ou animais infectados.
Em 90% dos casos, o vírus ebola é fatal. Não existem vacina ou remédio contra a doença por ele causada, conhecida como febre hemorrágica ebola e que atinge principalmente aldeias nas Áfricas Central e Ocidental, em países como Congo, Sudão, Costa do Marfim, Gabão, Uganda e agora na Guiné, na Libéria e em Serra Leoa.
Ao contrário do que muitos acreditam, o vírus não é transmitido de uma pessoa para a outra pelo ar. A transmissão ocorre apenas por meio de fluídos corporais, ou seja, deve haver contato direto entre as pessoas ou animais infectados.
O ebola se propaga, por exemplo, com frequência em hospitais, entre enfermeiros e médicos que tratam de pessoas infectadas.
Além disso, ele pode ser transmitido ao se tocar no corpo de pessoas mortas, por exemplo durante uma cerimônia fúnebre.
Animais infectados também transmitem a doença. Morcegos são hospedeiros do vírus, mas eles não adoecem e podem carregar o ebola consigo até o fim da vida.
Sintomas
O vírus ebola tem origem nas florestas tropicais da região da África Central e do Sudeste Asiático. Ele pertence à família Filoviridae, o que significa que, no microscópio, os vírus parecem longos como linhas finas. Há várias variações do ebola, e apenas algumas causam a febre hemorrágica. Na grande maioria das vezes, ela é fatal.
Os sintomas aparecem entre 2 e 21 dias após a infecção e são fraqueza, dores de cabeça e musculares, calafrios, falta de apetite, dor de estômago, diarreia, vômitos e febre hemorrágica. As principais regiões afetadas são o aparelho digestivo, o baço e o pulmão.
Ainda não foi desenvolvida uma vacina contra o ebola. Além disso, quando ele entra no organismo não é possível combatê-lo com medicamentos. A única maneira de evitar uma infecção e uma epidemia são medidas preventivas, como melhores condições de higiene nos hospitais, uso de luvas e a quarentena.
O ebola foi descoberto em 1976 na República Democrática do Congo. Desde então já houve 15 epidemias nos países africanos, segundo a Organização Mundial da Saúde. Mais de 1.300 pessoas morreram em decorrência da doença. Os últimos surtos epidêmicos ocorreram na República Democrática do Congo e em Uganda em 2012.
DW.DE
http://www.dw.de/ebola-%C3%A9-um-dos-v%C3%ADrus-mais-perigosos-do-mundo/a-17534418