Protecionismo e retrocesso…

Não costumo comentar questões domésticas. Entretanto, esta tem a ver com nossas relações exteriores… Diante da notícia do estabelecimento de barreiras tarifárias para fomentar o crescimento interno me pergunto em que época vivem essas pessoas que conduzem nossa política econômica!

Protecionismo em pleno século XXI! Isso é surreal! Em vez de estimularem a indústria/produção doméstica com incetivos que a tornem mais eficiente e competitiva, os sábios do governo preferem adotar a cartilha anacrônica do protecionismo taxando os produtos que chegam do exterior! Absurdo!

Cada vez mais damos sinal de que avançamos para trás aqui em Pindorama! Enquanto o mundo segue o livre comércio, por estas terras se prefere regular a economia, salvaguardar ineficiência e proteger quem não tem condições de competir internacionalmente. Isso revolta!

Sim, sou liberal. Acredito que o Estado deveria se meter o menos possível na Economia e nas relações privadas… E, se por algum motivo, tivesse o Leviatan que intervir em nosso comércio exterior, que o fizesse incentivando a melhora da produção interna e não impedindo o cidadão de comprar o bem estrangeiro mais barato!

Cada vez mais chego à conclusão que, como disse ontem um grande amigo, somos povo, mas não civilização. Ainda precisamos evoluir uns quinhentos anos para tentarmos alcançar um patamar de civilização! E a coisa só piora, pois estamos retroagindo.

Durante muito tempo ouvi que o Brasil era o país do futuro… Esse futuro, porém, parece demasiadamente nebuloso. E o anacronismo cego de nossos dirigentes junto com a apatia e ignorância da sociedade contribuem muito para que o Brasil seja o país do futuro… do futuro sombrio…

04/09/2012 – 17h40  / Atualizada 04/09/2012 – 19h55

Governo aumenta imposto de importação de cem produtos, incluindo batata e pneu

 Do UOL, em São Paulo

O governo decidiu elevar o imposto de importação de cem produtos para incentivar a produção local. O anúncio foi feito no fim da tarde desta terça-feira (4) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O aumento inclui produtos siderúrgicos e petroquímicos, além de outros mais conhecidos do público em geral, como batatas, pneus, sola ou salto de sapato, e tijolos. A lista completa de produtos está disponível no site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

A decisão foi anunciada num momento em que a indústria nacional apresenta fraco desempenho, por conta da crise internacional.

Antes de entrar em vigor, a medida precisa ser revista pelos demais membros do Mercosul. A medida tem validade de até 12 meses, prorrogáveis por igual período, até o final de 2014.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, negou que o governo esteja adotando protecionismo para beneficiar a indústria nacional.

“O que nós estamos fazendo está absolutamente dentro das regras da OMC”, completou Pimentel.

As alíquotas do imposto de importação foram elevadas para em média 25%, ficando abaixo do teto de 35% estabelecido pela Organização Mundial de Comércio (OMC).

Medida deve incentivar indústria nacional

“Esperamos que com isso a indústria produza mais”, disse o ministro da Fazenda.

Mantega disse que o governo vai acompanhar a evolução dos preços dos produtos equivalentes nacionais e não aceitará qualquer aumento.

“Os produtos serão monitorados pela Fazenda, de modo a verificar se haverá aumento de preços, não podem aumentar. Caso contrário, derrubaremos a alíquota imediatamente”, disse Mantega.

Produção industrial sobe no mês, mas cai no ano

A produção industrial brasileira subiu 0,3% em julho na comparação com junho, registrando a segunda alta seguida na comparação mensal, segundo dados divulgados mais cedo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Porém, em relação a julho de 2011, a produção recuou 2,9%, a 11ª queda consecutiva nesse tipo de comparação.

Com isso, o índice acumulado para os primeiros sete meses do ano registrou redução de 3,7%, abaixo do observado no fechamento do primeiro semestre do ano (-3,8%).