As ações de terror do Primeiro Comando da Capital (PCC) que seguem neste ano de 2012 (mais de 90 policiais de São Paulo mortos) são movimentos táticos dentro de uma estratégia econômica e não política. Não se tratam de ações políticas com o objetivo de pressionar o Estado brasileiro a cumprir a legislação de execução penal e a carta de direitos fundamentais de nossa Constituição. Visam objetivos econômicos, quais sejam, permitir que o comando dessa organização continue controlando os negócios ilegais, bem como abrandar as ações de repressão criminal contra essa organização.

As ações do PCC são pensadas para o longo prazo, visualizam um futuro sem competição e com poucas interferências do Estado. Não estão interessados realmente nos direitos da população carcerária brasileira. Em verdade, essa situação auxilia ainda mais a formação de laçõs de fraternidade entre seus integrantes, o que reduz a possibilidade de futura competição pelo mesmo mercado.

Assim, as ações de “terror” que todos os dias estamos visualizando pelos meios de comunicação fazem parte de uma estratégia financeira em aumentar a coesão do grupo, reduzindo qualquer possibilidade de competição pelo mercado ilegal que atua, bem como em causar medo na população e nas forças públicas, o que pode forçar um recuo do Estado no combate duro a esse ente criminoso.

Os órgãos federais e estaduais que atuarão a partir de agora de forma conjunta necessitam conhecer a estratégia do PCC e seus objetivos, construindo um plano consistente e duro de combate a essa organização criminosa (de preferência sem comunicar à Imprensa quais serãos as ações dessa força conjunta).  A sociedade não espera menos do Estado brasileiro! O PCC ainda não é uma organização terrorista, continua sendo um ente criminoso e assim deve ser combatido.

Caso tenham maior interesse sobre esse ponto de vista, favor ver o trabalho:

Terrorismo como Extensão da Atividade Criminosa do PCC